A Célula: Uma Obra – Prima que Sussurra o Nome do Criador

Em uma única célula esconde-se um universo de complexidade que desafia a imaginação. Pense em uma cidade em miniatura, com usinas de energia, fábricas de montagem, sistemas de transporte e códigos de informação mais precisos do que os de um supercomputador. Esta não é uma metáfora poética, mas a realidade observada em laboratórios de biologia molecular.

 

Cada célula viva, desde uma humilde bactéria até uma neurônio humano, opera com uma sofisticação que, quando analisada sem preconceitos, aponta insistentemente para uma mente brilhante por trás de sua arquitetura.

 

Considere, por exemplo, o flagelo bacteriano:  um motor rotatório menor que um fio de cabelo, composto por engrenagens moleculares, eixos e hélices. Para girar, ele requer mais de 40 peças proteicas ajustadas com precisão nanométrica. Se uma única peça faltar, o motor não funciona e perde toda a função. Como atribuir tamanha sofisticação ao acaso?

 

A seleção natural, conforme ensinado pela teoria evolucionista, requer vantagens graduais, que se processam por meio de tentativas e erros. Mas e quando se trata de mecanismos intrincados e pluridependentes? Como modelar uma explicação crível no âmbito do paradigma darwiniano para o fato de que os organismos dependem de centenas de milhares de combinações simultâneas de inúmeras “peças e engrenagens” supersofisticadas? Como conceber uma plurievolução ordenada e finamente ajustada sob a batuta da aleatoriedade? A Teoria da Evolução fica muda diante desses questionamentos.

 

A verdade é que o modelo não consegue explicar as máquinas que só funcionam quando completas. O que a teoria da evolução faz na prática é atribuir às marés um relógio suíço encontrado na praia.

 

Mas a célula não para no flagelo. Em seu núcleo, guarda-se o DNA — uma biblioteca molecular escrita em quatro letras químicas (A, T, C, G). Cada gene é uma sentença codificada, um manual de instruções para construir proteínas, as incansáveis trabalhadoras da vida. O espantoso é que esse código não é apenas complexo; é especificado. As sequências de nucleotídeos formam padrões funcionais, assim como letras formam palavras com sentido. Qual a chance de um terremoto em uma tipografia criar Dom Quixote? A mesma de mutações aleatórias gerarem, sem direção, o código da hemoglobina ou da insulina.

 

A célula ainda surpreende com sua capacidade de reparar erros. Enzimas como a DNA polimerase agem como revisores obsessivos, corrigindo um erro a cada bilhão de letras copiadas. Outras proteínas, as chaperonas, dobram moléculas desajeitadas em formas perfeitas. E quando o estresse oxidativo ameaça, antioxidantes entram em cena como bombeiros moleculares. Tanta redundância e precisão não são marcas da casualidade, mas da previsão.

 

Críticos objetam: “A vida evoluiu passo a passo, reaproveitando estruturas!”. Mas mesmo o mais simples dos sistemas, uma única proteína funcional, exige sequências tão específicas que sua formação aleatória é estatisticamente absurda. Já trouxemos em artigo anterior a impossibilidade estatística da tese abiogênica.  A chance de uma proteína surgir ao acaso é de 1 em 10 164, um número que se compara ao de átomos no universo conhecido.

 

E quanto aos sistemas integrados, como a fotossíntese ou a visão, que dependem de dezenas de proteínas sincronizadas? Impossibilidades multiplicada a impossibilidades!

 

Alguns alegam que atribuir a existência ao Criador é uma “resposta fácil”, mas a ciência sempre inferiu causas a partir de efeitos. Arqueólogos identificam ferramentas pré-históricas pela sua forma intencional; astrofísicos buscam sinais de rádio codificados como prova de vida alienígena. Por que, então, atribuir máquinas moleculares e códigos genéticos ao acaso?

 

A célula, em sua elegância funcional, é mais que um organismo; é um testemunho. Cada ribossomo traduzindo RNA, cada mitocôndria gerando energia, cada gene expresso, ecoa uma verdade incômoda para o materialismo: há arte na natureza. E onde há arte, há artista.

 

Não se trata de um “Deus das lacunas”, invocado para tapar buracos do conhecimento, mas um Projetista cuja assinatura está escrita nas entranhas da vida. Enquanto a ciência desvenda os segredos da célula, ela não desmente a fé — apenas revela, em escala molecular, o verso que o salmista intuía: “Tu criaste o mais profundo do meu ser; entreteceste-me no ventre de minha mãe”.




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