Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), em sessão solene no Teatro Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Gilberto de Alencar, atrás da Igreja São Sebastião – Centro, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e o Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural (Comppac) entregam na próxima sexta-feira, 16, às 19h, os certificados do 17º Prêmio Amigo do Patrimônio.
Na edição 2022, foram contempladas 12 iniciativas de pessoas físicas e jurídicas voltadas para a defesa, a divulgação e a conservação do patrimônio material e imaterial da cidade. Também foram conferidas quatro menções honrosas, como incentivo para a continuidade de outras ações nessa linha.
A cerimônia de premiação terá apresentação musical com a soprano Patrícia Guimarães e o pianista Guilherme Veronese, do Conservatório Estadual de Música Aidée França Americano. A entrada é franca e livre para todos os públicos, conforme a capacidade de lotação do teatro.
“Ao homenagear aquelas e aqueles que muito fazem para proteger e perpetuar nosso patrimônio histórico, estamos também homenageando a própria Juiz de Fora naquilo que ela tem de mais importante: sua gente e sua luta por uma cidade e um futuro melhor”, afirma a prefeita Margarida Salomão.
Já a diretora-geral da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Giane Elisa Sales de Almeida, destaca que “cuidar é revolucionário, pois é comprometimento. Ser amiga do patrimônio é ato de cuidado com a memória de um lugar. A amizade com o patrimônio cultural confere a cada pessoa agraciada, o reconhecimento de seu papel na história de Juiz de Fora.”
Gerente do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural da Funalfa, a historiadora Rita Félix acrescenta: “O que é muito legal no Prêmio Amigo do Patrimônio é que a gente aprende, a cada dia, mais e mais expressões de nossa cultura, que são apontadas pela própria população. Isso é democracia. Isso é participação popular… coisas da gente”.
O Prêmio Amigo do Patrimônio foi instituído pela Lei lei 11.111, de 25 de abril de 2006,sendo promovido anualmente pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac), com organização da Funalfa, por meio do Departamento de Memória e Patrimônio Cultural (Dmpac).
Premiados
1. Centro de Conservação da Memória (Cecom-UFJF) e um de seus projetos de educação patrimonial, o Podcast Podkids, em reconhecimento ao ineditismo da ação de educação patrimonial na cidade e os diversos projetos voltados para a memória local.
2. Coletivo Vozes da Rua pelo trabalho de Adenilde Petrina e diversos artistas com trabalhos relevantes como a Rádio Mega FM, o Slam da Perifa, ações de hip-hop e a valorização das memórias ancestrais para além do Bairro Santa Cândida.
3. Dona Marília e sua residência, em reconhecimento à transformação de sua casa em museu e a abertura do espaço à comunidade (Rua Adailton Garcia 77 – Bairro JK).
4. Instituto Histórico Geográfico de Juiz de Fora (IHGJF), em reconhecimento às ações atuais de abertura e divulgação para a comunidade, bem como a diversificação de seus membros.
5. Washington Londres pelo resgate da memória da imigração judaica e o esforço pela compilação da Biblioteca Hebraica, contendo o segundo maior acervo bibliográfico de Minas, promovendo a visibilização da cultura judaica.
6. Sil Andrade e o projeto Recuo da Bossa, pela valorização da arte de rua e por sua militância em prol da cultura na cidade.
7. Mestre Jô, um dos mestres do saber mais antigos em atividade, símbolo da resistência negra, através de seu conhecimento como mestre de Capoeira e engajamento na divulgação dessa cultura ancestral.
8. Conceição Aparecida Chula Martins, a Conceição de Oyá, pelos 65 anos de dedicação e muita caridade à frente da Tenda Espírita Casa dos Orixás, sendo reconhecida pela comunidade da umbanda como espelho de dignidade, lealdade e comprometimento com a religião.
9. Heliane Cazarin Henriques, em reconhecimento à sua dedicação ao patrimônio documental na Biblioteca Municipal Murilo Mendes. Servidora aposentada, ela permanece atuando no local de forma voluntária.
10. Inaína dos Santos Germanos, em reconhecimento a sua atuação no bairro Santa Rita à frente da preservação de uma Mina D’água, localizada no bairro N. Srª Aparecida, enquanto lugar de memória para a comunidade. A ação foi recomendada para estudo do DMPAC de indicação a registro e tombamento.
11. Fabrício da Silva Fernandes, em reconhecimento pela atuação do historiador em prol da preservação do patrimônio na cidade, sendo ele um dos principais articuladores do Fundo Municipal do Patrimônio.
12. Centro Espírita Santo Antônio de Umbanda (Pé de Ferro), em reconhecimento como um dos mais antigos centros em atuação na cidade. Mantém as tradições da umbanda, preserva a memória e representa a cultura ancestral em Juiz de Fora.
Menções honrosas
1. Neli de Aquino, pela ação voluntária de recuperação da memória do bairro Mariano Procópio e seus antigos moradores .
2. Colorindo o Bem – Edição Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano, através da iniciativa de Leonardo Alves, como reconhecimento e incentivo à execução da ação.
3. Mocidade Independente do Progresso, em reconhecimento à diversidade de ações de valorização da cultura do samba.
4. Associação Cultural e Recreativa Brasil-Alemanha, em reconhecimento à diversidade de ações de valorização da cultura alemã.