Quando uma pessoa desclassifica outra em função de sua conduta ou mesmo de suas opiniões se coloca na posição de Deus e isso é muito grave.

“Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outro?” (Tiago 4: 11, 12)

Sabemos que somos diferentes e algumas vezes temos dificuldades para aceitar a outra pessoa como ela é. Neste caso, é importante ter em mente que tolerar não significa concordar, porém, implica em não deixar que as nossas diferenças impeçam o exercício do amor sublime que Cristo nos ensinou. “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor” (Efésios 4: 2).

Jesus Cristo é o símbolo universal da tolerância. Reflita sobre esta passagem:

“E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia ali uma grande multidão de publicanos e outros que estavam com eles à mesa. E os escribas deles, e os fariseus, murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com publicanos e pecadores? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos; Eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento” (Lucas 5: 29-32).

Devemos aprender com Jesus Cristo que sendo ele perfeito, tolerava as pessoas consideradas mais imperfeitas para nelas inocular o amor que salva.

“Vós julgais segundo a carne; eu a ninguém julgo. E, se na verdade julgo, o meu juízo é verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou” (João 8: 15).

Nessa passagem, Jesus está nos dizendo que mesmo tendo a investidura divina para julgar, não julgava; porém nós, seres humanos imperfeitos, julgamos uns aos outros. E o pior, fazemos isso da maneira mais vil que é “segundo a carne”, ou seja, assumimos a posição de juiz sendo que nós mesmos somos objetos de juízo.

“Portanto, você, que julga, os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas. Sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas é conforme a verdade. Assim, quando você, um simples homem, os julga, mas pratica as mesmas coisas, pensa que escapará do juízo de Deus?” (Romanos 2: 1-3)

Quando estiver prestes a pecar tomando o lugar de juiz, busque lembrar-se de que Deus também nos tolera e ainda vai além nos abençoando mesmo sendo imperfeitos. Se nós somos tolerados, porque não haveríamos de tolerar no outro o comportamento ou a opinião que nos desagrada?!

“O Senhor não demora em cumprir a sua promessa, como julgam alguns. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3: 9).

E se você estiver convicto de que a sua posição é a verdadeira e que o seu semelhante precisa ser corrigido, não haja como o juiz implacável que condena, mas seja como aquele irmão mais velho que ensina com paciência e amor o caçula imaturo: “Ao servo do Senhor não convém brigar mas, sim, ser amável para com todos, apto para ensinar, paciente” (2 Timóteo 2: 24).




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