Minas Gerais e mais dez estados estão na lista de enquadrados na nova estratégia de vacinação contra a febre aftosa neste ano. Conforme diretriz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os órgãos de defesa agropecuária do país – que compõem o bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Aftosa (PNEFA) – deverão, na primeira etapa, vacinar bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. Já na segunda, serão imunizados animais de todas as idades. O objetivo é garantir a oferta de imunizantes.
A inversão das etapas da campanha foi definida após análise e discussão com órgãos competentes em cada estado. As medidas envolvem não apenas MG, mas também Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
A movimentação de animais durante as etapas de vacinação continuará seguindo as regras da Instrução Normativa nº 48/2020, ou seja, propriedade adimplente com a etapa de vacinação em curso poderá movimentar normalmente seus animais.
Status sanitário
No estado, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), é o responsável pelo gerenciamento da campanha de imunização contra a febre aftosa. O órgão é vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Como parte do planejamento para melhorar o status sanitário de Minas Gerais em relação à doença, estratégias para o fortalecimento do sistema de vigilância também são permanentemente adotadas pelo instituto.
“O objetivo é promover ações de detecção precoce e de resposta rápida a emergências sanitárias. Há cinco componentes de vigilância para a febre aftosa: as realizadas a partir de notificações de suspeitas; em propriedades rurais; em eventos agropecuários; em estabelecimentos de abate; e as para estudos soroepidemiológicos. Esses diferentes componentes do sistema de vigilância produzem regularmente informações que ajudam a tomar decisões com base em uma avaliação de risco precisa, oportuna e objetiva”, explica a diretora técnica do IMA Cristiane Almeida Santos.
Plano estratégico
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) cria e mantém condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio pecuário nacional.
O Plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.
Para realizar a transição de status sanitário, foram considerados critérios técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais, que resultaram no agrupamento das Unidades da Federação em cinco blocos.
Minas Gerais pertence ao Bloco IV, e busca o novo status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação, juntamente com Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal e parte do Mato Grosso.
Atualmente, a imunização dos animais é fundamental para Minas manter o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa com vacinação, status concedido pela Organização Mundial de Saúde (OIE), e que mantém importantes acordos internacionais.
Vacinação em 2022
O IMA reforça aos pecuaristas que terá vacinação contra a febre aftosa em todo o estado neste ano.
A retirada da imunização está prevista para 2023, conforme avanço do programa de retirada da vacinação, análise e determinação do Mapa.
Fonte: Agência Minas