Prefeita decreta estado de emergência em Juiz de Fora

A prefeita Margarida Salomão decretou estado de emergência nesta terça-feira, 11, devido às fortes chuvas que estão atingindo a cidade, e anunciou que a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) está se preparando para pleitear recursos estaduais e federais, para fazer frente às consequências desse desastre natural.

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, nos últimos quatro dias, choveu em Juiz de Fora mais da metade do esperado para o mês.  Nesse período, o volume acumulado representou 59,42% do esperado para todo o mês de janeiro em Juiz de Fora, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O período compreendido entre os dias 7 e 11 de janeiro apresentou volume acumulado de 191,40 mm de chuva. Isso fez com que o  nível do Rio Paraibuna subisse 63 centímetros em meia hora, atingindo 3,98m quando o nível normal é de 1,40m. É a segunda maior cheia do Paraibuna nos últimos 20 anos.

A prefeita Margarida Salomão pede que a população redobre os cuidados e, em caso de emergência, acione a Defesa Civil pelo 199. “Nós estamos trabalhando e acompanhando esse quadro. Juiz de Fora está em emergência e ela precisa da ajuda do estado e da União.”

A equipe da PJF esteve na manhã desta terça realizando vistorias nos locais mais afetados pela cheia do Rio Paraibuna e pelas chuvas intensas que provocaram uma grande quantidade de desmoronamento por toda a cidade. Devido às intervenções de limpeza de bocas-de-lobo e nos córregos da cidade, o alagamento nos bairros Democrata e Mariano Procópio, afetados pelo Córrego São Pedro, por exemplo, foi significativamente menor, em função das ações prévias que foram realizadas. Quanto à Represa de São Pedro, este ano, para auxiliar e tentar controlar as enchentes dos bairros Democrata e Mariano Procópio, a Cesama diminuiu o seu nível ao máximo, que voltou a subir agora com as chuvas.

Atendimentos 

Até a tarde desta terça-feira, 11, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil registrou 322 boletins de ocorrência no mês, dos quais 269 foram abertos apenas neste período de tempo (entre 7 e 11 de janeiro), ou seja, cerca de 84%.

Do total, 175 ocorrências são relacionadas a movimentos de massa – deslizamentos de terra, danificando em muitos casos, vias locais no centro, nos bairros e zona rural, interrompendo o tráfego normal de veículos.

Cabe reforçar que os maiores deslizamentos de solo atendidos no período supracitado afetaram pavimentação, estruturas de contenção, drenagem, calçada e toda infraestrutura urbana do logradouro públicos, deixando, assim, vários imóveis com acesso comprometido.

A Defesa Civil pede que a população fique atenta para indícios de ameaça de deslizamentos, como trincas e fissuras nas moradias, e trincas e movimentação de solo nos terrenos. Além disso, o órgão pede que as pessoas evitem transitar em áreas alagadas e próximas a córregos, canais e rios. Quem estiver em local seguro, deve permanecer até o fim da chuva intensa. Em caso de emergência, disque 199. A central de atendimento da Defesa Civil funciona 24 horas por dia.




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