As equipes da Defesa Civil realizaram vistorias em 67 unidades habitacionais ao longo do final de semana e 13 imóveis foram interditados. 27 pessoas precisaram desocupar as residências de maneira preventiva e nenhuma família está desabrigada em função das chuvas no município.
Entre as ocorrências de sábado, está o desabamento de muro de contenção no bairro Monte Castelo. A equipe de Engenharia da Defesa Civil orientou o proprietário. O local tem histórico de deslizamento e problemas na drenagem pluvial. Para mitigar os riscos, a rua está interditada e o ponto foi coberto com lona. A equipe também vistoriou as casas localizadas nas proximidades e um imóvel precisou ser interditado parcialmente.
No bairro Bonfim, houve escorregamento de talude no sábado. 12 unidades habitacionais foram vistoriadas pela Defesa Civil e, de forma preventiva, quatro foram interditadas para garantir a segurança dos moradores. Já na Vila Olavo Costa, onde também aconteceu deslizamento de solo, oito unidades habitacionais foram vistoriadas e três imóveis foram interditados.
No domingo, o atendimento mais grave aconteceu em Santa Rita no começo da manhã, quando uma edificação desabou parcialmente. A equipe da Defesa Civil esteve no local, todos os imóveis próximos foram vistoriados e cinco precisaram ser interditados. A equipe de engenharia orientou os moradores para promover a consolidação do imóvel com acompanhamento de um profissional habilitado e as famílias foram atendidas pelo Serviço Social da Defesa Civil.
Nesse momento, sete equipes da Defesa Civil estão realizando vistorias nas ruas, sendo cinco de Engenharia e duas do Serviço Social.
Em caso de emergência, a população deve acionar o órgão pelo 199.
Prevenção
No período de estiagem, o foco da Defesa Civil foi no trabalho na área de prevenção para minimizar os danos causados pela chuva entre os meses de outubro e março. Com a vinda para a Secretaria de Governo (SG), houve ampliação das vistorias preventivas – em comparação com 2020, o aumento foi de mais de 500% no ano passado. Também foram feitas as vistorias preventivas em escolas municipais e em todas as escolas estaduais de Juiz de Fora; a capacitação de novos servidores; a formação de voluntários para o Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) do bairro Graminha; a capacitação de servidores para operar drones; a Semana Municipal de Redução de Riscos, com cursos, palestras e o projeto Defesa Civil Itinerante; a identificação de locais prioritários para limpeza de córregos e de bocas de lobo e o trabalho integrado com o Gabinete de Ação e Diálogo Comunitário, que programou a realização dos serviços necessários a fim de minimizar alagamentos; e, em parceria com a Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur), foi lançada a campanha “Queimada Mata” para apoiar a operação do Corpo de Bombeiros que visa reduzir os impactos causados por incêndios em lotes vazios.
Além disso, todo o mapeamento de áreas de risco da cidade foi atualizado, assim como o Plano de Contingência. A Defesa Civil de Juiz de Fora foi a primeira do Brasil a realizar mapeamento de área de risco utilizando – de forma independente – a metodologia Gides, que garante mais precisão nos dados obtidos e foi desenvolvida pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em parceria com o Governo do Japão.