Prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Bruna Alexandre fecha ano com título brasileiro olímpico no tênis de mesa

Bruna Alexandre avisou em dose dupla a comissão técnica da seleção olímpica: quer estar na briga por uma vaga na seleção que vai aos jogos de Paris 2024 no tênis de mesa convencional. A medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio fez o anúncio em dose dupla. Na mesa, conquistou no último domingo (12.12) o título brasileiro olímpico da modalidade, em Joinville, Santa Catarina.

A decisão foi contra Laura Watanabe, que recentemente conquistou duas medalhas nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cali. Bruna superou a adversária por por 3 a 1 (11/7, 8/11, 11/6 e 12/10). Esta foi a segunda vez que Bruna Alexandre faturou o título – a primeira foi em 2016, em Chapecó, também em Santa Catarina.

Durante o torneio, Bruna perdeu apenas dois sets até a decisão, em um único jogo, na fase de grupos. Depois, venceu todas as oponentes por 3 a 0. Com o “currículo esportivo”, verbalizou também o sentimento para a comissão técnica que ainda será anunciada para o ciclo de Paris, já que Hugo Hoyama já anunciou sua saída da condição de treinador principal do grupo feminino olímpico.

“Foi um ano muito perfeito para mim em tudo. Tenho, sim, essa meta. Quero brigar neste ciclo para chegar ao ouro em Paris nos Jogos Paralímpicos e para chegar a uma vaga na seleção olímpica”
Bruna Alexandre

“Foi um ano muito perfeito para mim em tudo. Tenho, sim, essa meta. Quero brigar neste ciclo para chegar ao ouro em Paris nos Jogos Paralímpicos e para chegar a uma vaga na seleção olímpica”, afirmou Bruna.

As atuais integrantes da seleção são Bruna Takahashi, Jessica Yamada e Caroline Kumahara, que não disputaram o Brasileiro. Elas defendem clubes de ligas nacionais europeias.

Nos últimos dois anos, Bruna perdeu mais de 20 quilos e conquistou uma condição atlética que lhe permitiu jogar mais próxima à mesa e com velocidade de movimentos. “Lembro de 2018, quando estava com 20 quilos a mais e perdi o Mundial. Foi a dor mais dolorida que já senti. Foi bom perder para aprender. Nestes últimos anos, consegui ser outra Bruna”, disse a campeã, que relembrou o que a fez mudar tanto no tênis de mesa:

“Acho que o principal que fiz nestes anos foi confiar no trabalho, quando mudei para o Centro Paralímpico, com o Paulo Molitor. Fiz a mudança de jogo e passei a jogar mais em cima da mesa. Não esperava que fosse conseguir tanta coisa neste ano. Valeu a pena todo o esforço”, finalizou a atleta.

Caso consiga a meta de representar o Brasil nos Jogos de Paris no time olímpico, Bruna Alexandre se tornaria a primeira do país, levando em conta o masculino e o feminino, a disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Em âmbito mundial, há precedentes. Um deles no próprio tênis de mesa. A polonesa Natália Partyka, tetracampeã paralímpica no individual (2004, 2008, 2012 e 2016) já defendeu a Polônia também em Jogos Olímpicos.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro e Confederação Brasileira de Tênis de Mesa




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