Ponto de Acolhimento da saúde para mulheres LBT é inaugurado em Juiz de Fora

Na manhã desta terça-feira, 23, foi realizado o evento de inauguração do “Ponto de Acolhimento da Saúde para Mulheres LBT”. O espaço, que vai funcionar dentro da Casa da Mulher, terá uma profissional capacitada para fazer o primeiro atendimento e, na sequência, os encaminhamentos adequados. A iniciativa é da Secretaria de Governo (SG) como parte da programação da campanha “Nossas vidas importam – 21 dias de ativismo pelo fim das violações de Direitos Humanos das mulheres”.

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, mulheres lésbicas, bissexuais e trans (LBT) poderão buscar o ponto de acolhimento de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Casa da Mulher (Avenida Garibaldi Campinhos, 169). Durante o evento de inauguração, a prefeita Margarida Salomão destacou a importância da ação. “É importante lembrar que essa atividade está dentro de um ciclo maior, que são os 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher. E estamos avançando nessa luta. Eu faço política para mudar o mundo, eu não faço política para ocupar cargo. Hoje, com a inauguração desse ponto de acolhimento, estamos mudando a cidade de Juiz de Fora.”

A secretária de Governo, Cidinha Louzada, reforçou a necessidade de desenvolver políticas públicas para enfrentar a violência contra mulheres LBT. “A gente precisa fazer desse tema um compromisso e trabalhar com políticas públicas. O SUS precisa estar preparado para atender as mulheres LBT e certamente o acolhimento vai fazer a diferença na vida de muitas pessoas”, pontuou. A coordenadora da Casa da Mulher, ressaltou a satisfação em receber o ponto de acolhimento. “Quero agradecer imensamente. É uma alegria imensa receber esse projeto. Sabemos da responsabilidade e vamos trabalhar para que o ponto de acolhimento seja um sucesso”, afirmou.

No ponto de acolhimento, as orientações e os encaminhamentos adequados serão feitos a partir de diálogo constante com a Secretaria de Saúde (SS). A secretária de saúde, Ana Pimentel, agradeceu pela articulação da Secretaria de Governo e enfatizou que a criação do ponto de acolhimento é um marco para a saúde em Juiz de Fora. “Quando a gente pensa em espaço de acolhimento, queremos reconhecer duas dimensões: a de que o adoecimento é produzido pela discriminação e a de que é possível viver com liberdade, transitar pela cidade sem violência e produzir um espaço de acolhimento que reconheça as diversas formas de vida. Sabemos que ainda temos desafios grandiosos para construir toda a nossa rede de saúde, mas dar este passo é fundamental para que andar de mãos dadas e produzir – junto com as mulheres que chegarão na Casa – o caminho pela rede de saúde”.

Para a vereadora Tallia Sobral, a inauguração do ponto de acolhimento é essencial para pensar políticas públicas para a saúde das mulheres LBTs. “Nós, mulheres LBTs, somos tratadas como mais uma mulher e não são colocadas as questões específicas da nossa saúde. Ir em qualquer médico que tenha a ver com a nossa saúde é sempre uma violência: sempre pensamos duas vezes se é um espaço que vai nos acolher e nos olhar a partir das nossas necessidades. Isso inclusive gera outros tipos de adoecimento, como a questão da saúde mental. Ter um ponto de acolhimento, um lugar sabemos que seremos tratadas com respeito e no qual a nossa sexualidade será respeitada é muito importante”, ressaltou.

Também estiverem presentes no evento de inauguração do ponto de acolhimento o secretário especial de direitos humanos, Biel Rocha; as vereadoras Laiz Perrut e Cida Oliveira; a representante do centro de referencia LGBTQIA+ Dandara Felícia; a criadora do aplicativo “Para Elas Mobilidade”, Hyamanna Souza; e a coordenadora do 8M, Lucimara Reis.

Campanha “Nossas vidas importam – 21 dias de ativismo pelo fim das violações de Direitos Humanos das mulheres”.

Por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), todas as outras secretarias da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) integram a campanha “Nossas vidas importam – 21 dias de ativismo pelo fim das violações de Direitos Humanos das mulheres”. A programação da campanha termina no dia 10 de dezembro.




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