Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora, a proposta é oferecer um espaço para a divulgação e exibição de projetos variados, produzidos por grupos selecionados através de editais públicos, além da participação de convidades especiais. Realizado de forma gratuita, a intenção é que o evento seja anual, como forma de sensibilizar a sociedade civil e acrescentar elementos e novas possibilidades de reflexão e transformação social através da arte, cultura e educação.
De acordo com o secretário de Turismo, Marcelo do Carmo, “o Agosto Multicor, muito mais do que uma série de eventos, é a continuação de uma política pública de representatividade, visibilidade, acesso a direitos e à cidadania plena. É muito mais do que uma festa, pois estamos fazendo um festival de arte, cultura e educação relacionado às questões LGBTQIA+.”
Marcelo do Carmo destacou o caráter plural e diverso característico da atual gestão municipal, que direciona o conceito do evento. “Qualquer ação neste sentido é norteada no nosso governo por alguns princípios. Primeiro: tudo para todes; segundo: trabalhamos para dar acesso aos direitos às minorias sociais; terceiro: acesso à cidadania plena, num brasil tão violento com a comunidade, cuja violência ficou ainda mais exposta nesse momento de pandemia, é fundamental que a gente lute pelo acesso pleno à cidadania. Essa é uma questão humanitária, estamos falando da diversidade, do respeito às diferenças.”
A programação conta com webnários, cursos profissionalizantes, exibições de filmes e participações de artistas LGBTQIA+ de diferentes localidades. Um dos destaques deste ano fica por conta da realização da Rainbow Fest, no dia 20, do Miss Gay Brasil, no dia 21, e da Parada Gay, que será realizada de forma virtual no dia 22.
A diretora geral da Funalfa, Giane Elisa, avaliou o evento como oportunidade de abrir ao diálogo a pauta da diversidade. “Que possamos celebrar a diversidade, mas que também possamos problematizar a diversidade. Do jeito que dá, nas condições sanitárias, a gente traz essa questão da festa, da comemoração e da alegria, mas também politizar a festa, a comemoração e a alegria, no sentido de questionar sobre por quê ainda precisamos dar destaques à comunidade. Isso tem a ver com a enorme distorção que ainda temos no acesso aos direitos dessa população. É nosso compromisso proporcionar acesso ao direito ao público LGBTQIA+ e, nesse sentido, a gente tem o compromisso de criar referências para uma política pública robusta para esta população”.
Confira a programação em anexo.