O Brasil encerrou a Copa do Mundo de Paracanoagem em Szeged na Hungria com quatro medalhas, duas de ouro, uma prata e uma bronze. Além disso, mais três vagas para os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram conquistadas. Ao todo, a canoagem contará com sete atletas na capital japonesa
Em Szeged, a equipe brasileira contou com seis nomes: Adriana Gomes de Azevedo, Debora Raiza Benevides, Fernando Rufino de Paulo, Luis Carlos Cardoso, Mari Santilli e Giovane Vieira de Paula. Todos eles são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
O grande destaque foi Fernando Rufino, com duas medalhas de ouro, uma no VL2 200m e outra no KL2 200m. “Conquistar essas duas medalhas é motivo de muito orgulho, de felicidade de um trabalho com meu treinador Thiago Puppo, um cara sensacional. Representar o Brasil aqui é motivo de alegria para mim, para minha família e para minha cidade, Itaquiraí”, comentou Rufino, que garantiu vaga para o Brasil nos Jogos de Tóquio. Ele é integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, com repasses mensais de R$ 5 mil a R$ 15 mil para atletas que qualificam entre os 20 melhores do ranking mundial de suas modalidades.
No sábado, Luis Carlos Cardoso conquistou a medalha de bronze no KL1 200m. Além dos dois ouros de Rufino e do bronze de Cardoso, Debora Benevides subiu ao pódio na sexta, 14.05, na VL2 200m, categoria que teve final direta e a brasileira levou a medalha de prata por ter concluído o percurso em 1min07s90.
As outras duas vagas brasileiras para o maior evento paradesportivo do mundo vieram nas provas KL3 e KL1, com Mari Santilli e Adriana Gomes de Azevedo, respectivamente. Ambas terminaram em sétimo lugar, mas os critérios para obtenção de vaga estabeleciam que todas as finalistas garantiriam vagas ao seu país.
Para o treinador Thiago Pupo, o bom resultado veio de um somatório de fatores. Ele destaca que no Centro de Treinamento da Paracanoagem em Ilha Comprida/SP, os recursos tecnológicos adquiridos pela Confederação Brasileira de Canoagem fazem diferença, assim como a expertise técnica adquirida nos últimos anos.
“A metodologia utilizada no treinamento dos atletas é a mesma que o Jesus Morlán utilizava com os atletas da canoa na Canoagem Velocidade. Trabalhamos na estratégia da prova”, comenta Pupo.
Fontes: Comitê Paralímpico Brasileiro e Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa)