A Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) divulgou o edital do bloco afro Muvuka, para o festival de composição musical “Muvuka – O canto dessa Muvuka é meu”, com o objetivo de selecionar três composições que se tornarão músicas de trabalho do grupo no projeto cultural e musical em 2021. As inscrições estão abertas até 15 deste mês e o edital já está disponível.
Os interessados em participar da seleção devem enviar composições autorais com temas relevantes para a cultura afro-mineira, de preferência no ritmo do samba de congado, trabalhado pelo Muvuka. Como pré-requisitos, os artistas devem ser maiores de 18 anos, atuarem em Juiz de Fora e municípios da Zona da Mata, listados no edital, com o limite de uma composição por autor, podendo ainda ser o coautor em até outras duas músicas.
Segundo Henrique Guilhem, um dos organizadores do concurso, “os artistas precisam escrever um release sobre o tema, de onde veio a inspiração, enviar a letra e um videodemo cantando para sabermos como é a melodia. Vamos avaliar a melodia da voz com a letra, mas isso não impede o uso de instrumento para acompanhar”.
A seleção é dividida em três fases, sendo a primeira a de recebimento das músicas. A segunda deve acontecer cerca de duas semanas depois do encerramento das inscrições, quando uma comissão selecionará as dez composições finalistas. A última fase deve ocorrer no final de março, em uma live nas páginas do bloco no Facebook e Instagram do Muvuka quando serão apresentadas as canções finalistas, com as vencedoras escolhidas pelo voto popular. O primeiro lugar receberá o prêmio de R$ 1 mil; R$ 600 para o segundo colocado; e R$ 400 para o terceiro. Os recursos da premiação são repassados ao grupo por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, aplicada no município de Juiz de Fora.
Grupo Muvuka
O grupo Muvuka trabalha os toques dos tambores relacionados ao Samba-reggae, o Samba-afro e algumas canções que englobam o Axé Music. Os tambores do grupo agregam expressões de vida e tradições do afro-brasileiro urbano, cultivando um senso de identidade e continuidade dos valores socioculturais africanos, ao mesmo tempo em que transmite, de geração em geração, sua musicalidade. O Bloco busca promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana através do ritmo percussivo, que é um verdadeiro símbolo da cultura nacional e um fenômeno de resistência cultural.
Fonte: Assessoria