Presidente do COI, Thomas Bach, nega rumores e volta a garantir realização das Olimpíadas

O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, novamente deu garantias de realizar os Jogos Olímpicos de Tóquio, para o dia 23 de julho. Durante uma reunião virtual realizada nesta quarta-feira (27), junto com diversos jornalistas do mundo, Bach explica que:

“Estamos concentrados e comprometidos em entregar os Jogos de Tóquio. Após conversas com federações e de receber documentos de atletas, podemos ver que todos estão apoiando os Jogos. A organização dos Jogos é extremamente complexa, ainda mais depois de um adiamento inédito e nessas condições. Não há pistas de como se fazer, estamos aprendendo todos os dias”.

Durante o encontro, ele criticou duramente a divulgação de rumores a respeito de um possível cancelamento ou até mesmo troca de sede e relembra da luta contra a pandemia da Covid-19:

“A luta contra o vírus é dura, mas com determinação, vontade de vencer e trabalho duro todos os dias e força física e mental, vamos conseguir vencer. Ninguém, nesse momento, pode prever a condição de saúde de todos os comitês na época dos Jogos. Nem mesmo o mais promissor dos cientistas. Naturalmente e infelizmente, claro, gera muitas especulações. E essas especulações estão prejudicando a preparação dos atletas. Especulações sobre cancelamento, plano B, tudo. Sobre a mudança para 2032, eu diria boa sorte na hora de discutir isso com atletas que estão se preparando para Olimpíadas em 2021. Sobre a mudança de cidade, todo mundo sabe da complexidade sabe que não é possível. Por todas essas razões, não estamos perdendo tempo em especulações. Estamos completamente concentrados na cerimônia de abertura. Não estamos focados se os Jogos vão acontecer. Estamos focados em como vão acontecer” detalha.

Na última semana, o jornal inglês The Times, havia publicado uma reportagem que informava sobre planos do governo de sediar os jogos na próxima janela aberta, que seria 2032. Naquela ocasião, os boatos geraram revoltas no Governo do Japão. 

Inclusive, o vice-secretário-chefe de gabinete, Manabu Sakai, negou qualquer informação divulgada. O mesmo foi feito pelo chefe do Comitê Olímpico do Japão, Yasuhiro Yamashita, durante uma entrevista à Reuters. Além disso, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, negou o cancelamento ou adiamento dos jogos e falou em processar o jornal inglês.

Diante do atual cenário do Coronavírus em solo nipônico, Thomas Bach ainda não deu certezas sobre presença ou não do público nos eventos de cada modalidade: “Eu não posso dizer. Porque nossa prioridade é garantir a segurança dos Jogos. Vamos fazer tudo o que for preciso para garantir isso. Nós vamos respeitar nossos princípios, nossa primeira prioridade”.

Na terça-feira (26), a imprensa local divulgou uma informação, sobre a criação de guia contendo orientações aos atletas e turistas que estarão no Japão, feito pelo COI. Todos os guias serão destinados aos atletas, patrocinadores, oficiais, mídia e locutores. Até então não há maiores detalhes sobre restrições, mas há possibilidade de exigir quarentena no país de origem. Outra medida prevista é a realização de teste negativo para Covid-19, antes de entrar no avião comercial. Serão feitos mais exames na chegada ao solo nipônico, transporte em veículos designados e também na Vila Olímpica. 

Sobre essa questão das normas de prevenção, Bach detalha que: “Estamos seguindo as orientações das autoridades de saúde. E, nessas consultas, podemos dizer que é muito cedo para dizer quais medidas serão as certas. Então, pedimos paciência e compreensão de todos. Em breve nós vamos poder divulgar a primeira versão do livro de regras de proteção a todos. A primeira versão será apresentada aos comitês e federações no início de fevereiro. Esses livros são um trabalho em andamento. Por isso precisamos de paciência”.

Outra questão que vem sendo levantada nas últimas semanas, é sobre a aprovação da população quanto à realização dos jogos. Os dados atualizados indicam que 80% dos japoneses defendem o cancelamento ou adiamento dos eventos. Mesmo diante de tal pressão por parte da população, Thomas Bach novamente dá garantias de realização dos jogos:

“Nossa tarefa é organizar os Jogos, não cancelar. Nossa tarefa é fazer com que os sonhos dos atletas se tornem reais. Por isso estamos trabalhando dia e noite. E por isso não estamos trabalhando com especulações. Nossa responsabilidade é olhar além. Nós temos várias boas razões para não focar se vamos ter as Olimpíadas, mas em como. Nós temos a vacinação, nós temos novos testes rápidos, nós temos as medidas de segurança. É por isso que o governo japonês e o COI, baseado em fatos e experiências, estamos tão comprometidos. Não estamos assim do nada ou apenas na esperança. Temos motivos sólidos” conclui.




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