Defesa Civil realiza balanço da atuação nos primeiros 20 dias de 2021

A Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) atendeu a 415 ocorrências nos primeiros 20 dias de janeiro. Em apenas um dia – na segunda-feira (11) – foram registradas 106 notificações. O número é reflexo das fortes chuvas que atingiram a cidade: em 11 dias, choveu 99,8% de todo o volume esperado para o mês.

As regiões mais afetadas pela chuva foram a Norte e a Sul que, somadas, representam cerca de 47% do total de ocorrências. Já o bairro com maior número de notificações foi Santa Luzia, com 28 ocorrências registradas. Para mediar todas as demandas causadas pelas chuvas, a Sala de Situação foi deslocada temporariamente para a Defesa Civil. O projeto, que será instalado no Gabinete, monitora e mapeia informações para possibilitar que as respostas dadas pela administração sejam mais rápidas.

Notificação mais recorrente

Quase 25% das demandas registradas são de escorregamento de talude, popularmente chamado de deslizamento do solo. Foram cem situações registradas. Além disso, o segundo maior chamado recebido é por ameaça de escorregamento de talude, com 33 registros. Luís Fernando Martins, servidor que atua há três anos como engenheiro da Defesa Civil, atribui a grande quantidade de deslizamentos ao volume de chuva.

“O volume de precipitação causa a saturação do solo e grande parte dos locais onde ocorre escorregamento de talude não tem nenhuma estrutura de contenção e nem sistema de drenagem”, enfatiza. Ele pontua ainda que, em muitos casos, o deslizamento acontece em encostas que sofreram alterações antrópicas, seja para construção de moradias ou de acesso para pedestres.

Das situações em que a Defesa Civil atuou, as mais complexas foram as de escorregamento de solo em áreas com residências próximas. A complexidade é em função do risco de atingir as casas e da possibilidade de novos deslizamentos no mesmo local. Os escorregamentos aconteceram, principalmente, nos bairros Santa Helena, São Mateus, Santa Luzia e Jardim Natal.

Ação conjunta

Na atual administração, a Defesa Civil passou a ocupar lugar na pasta da Secretaria de Governo. Martins ressalta que a mudança contribuiu para aumentar a motivação dos servidores. “A maior diferença que percebemos é a valorização do servidor efetivo, além da aproximação da Defesa Civil com a Secretaria de Governo e com as outras secretarias”, pontuou o engenheiro.

Sob coordenação da secretária de governo, Cidinha Louzada, está sendo promovida ação conjunta entre Defesa Civil, Secretaria de Obras, Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur), Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav), Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) e Companhia de Saneamento Municipal (Cesama). A integração foi essencial para agilizar o atendimento às ocorrências.

A mudança para a Secretaria de Governo também facilitou a articulação para que técnicos e engenheiros de outros setores da Prefeitura fossem cedidos para a Defesa Civil, em caráter emergencial, com base no decreto 13.503/18.

O decreto existe desde 2018 e nunca havia sido colocado em prática. “Com esse novo conceito de gestão integrada com as demais secretarias, foi facilitado o apoio desses profissionais para as ações da Defesa Civil. A demanda foi muito alta nos primeiros 11 dias do ano e, sem o apoio, a gente não conseguiria dar a resposta em tempo hábil à população”, destaca Luís Fernando Martins.

Outro feito inédito alcançado durante os primeiros 20 dias do ano foi a parceria firmada com a Defesa Civil Estadual para abastecer o estoque de materiais para doação. Os kits de limpeza, de higiene e de dormitório doados pela Defesa Civil Estadual foram utilizados para atender às famílias atingidas pela chuva no final de semana dos dias 9 e 10 de janeiro.

Fonte: Assessoria




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