Artista, pesquisador e trabalhador da terra, Washington da Selva, radicado em Juiz de Fora, é um dos 20 finalistas do 11º Prêmio Desarts 2021, que abrange todo o território nacional. Nesta edição, com número recorde de inscrições, o público será responsável por definir o vencedor, por meio de voto virtual, com votação popular até o dia 25 de janeiro.
Washington concorre com a série de bordados “Social Jungle”, que recebeu incentivo do edital “Na Nuvem”, promovido em 2020 pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), com recursos de emenda parlamentar da então deputada Margarida Salomão, atual prefeita de Juiz de Fora. O vídeo descreve o processo de criação de duas séries artísticas, discutindo tecnologia, gênero, cultura e memória, e vinculando os trabalhos à tradição têxtil da cidade.
Natural de Carmo do Paranaíba (MG), Washington Selva tem 29 anos e graduou-se no curso Interdisciplinar em Artes e Design pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em 2016. Atualmente cursa mestrado na área de “Artes, Cultura e Linguagens”, na mesma instituição de ensino. Sua atividade acadêmica corre em paralelo à produção artística, desenvolvida na linha “Estudos Interartes e Música”.
Selva conta que para a série de trabalhos ‘Social Jungle’, bordou imagens enviadas via celular por sua mãe, através de capturas da câmera de segurança instaladas em sua casa, hoje, localizada na área urbana da cidade de Carmo do Paranaíba. “Nas imagens, pessoas indo de um lugar a outro, em sua maioria se deslocando ao trabalho ou, muitas vezes, utilizando-se da rua como um espaço laboral. Nesses bordados, dou um valor diferente para essas imagens que hoje são super efêmeras e desaparecem em até 24 horas,” observa o artista.
Entre as exposições coletivas de que participou, destacam-se: “16º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Guarulhos” (2020); “Exposição virtual VRTLZND”, com acompanhamento curatorial de Lívia Benedetti e Marcela Vieira (AAREA), em parceria com o SESC Avenida Paulista (2020); “Entre Enigmas e Percursos”, Jardim Botânico da UFJF (2019); “As Caixas no Museu Vivo da Memória Candanga”, Brasília DF (2018).
Sobre o prêmio
O 11º Prêmio das Artes é realizado pelo DASartes, principal grupo de conteúdo em artes visuais do Brasil. O vencedor ganhará artigo especial na revista bimestral “DASartes”, da Editora Selo, que busca apresentar e discutir/refletir sobre o que de mais significativo acontece no mundo das artes visuais. O público é formado por segmentos focados na área, como professores, estudantes de arte, galeristas, colecionadores e marchands.
Fonte: Assessoria