O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou da 48ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, na quinta-feira (3). O encontro – que acontece a cada seis meses – foi realizado de forma online com a presença do Uruguai, Argentina, Paraguai e Bolívia.
Em sua fala de abertura, Pazuello destacou que a reunião é uma oportunidade para os países discutirem os problemas e encontrar soluções em saúde de forma conjunta.
“Vivemos uma pandemia, mas também vivemos outras doenças que podem circular entre nossos países. Precisamos estar atentos. Reuniões como essa são um canal aberto para trocarmos rapidamente informações e, também rapidamente, fazer estratégias que permitam que a gente controle qualquer surto ou endemia que esteja propagando”, disse Pazuello.
Foram apresentados, no encontro, dados epidemiológicos do coronavírus e de outras doenças, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela de todos os países participantes. O ministro ressaltou que, em relação aos demais, a pandemia da Covid-19 se comportou de forma diferente no Brasil.
“A curva do Brasil é alongada, pois é um país com dimensões continentais, diferenças regionais e populacionais. Por isso, tivemos impactos em momentos diferentes dependendo de cada região. O que fez e faz diferença para nós foi o tratamento precoce. A mudança de protocolo de cuidado aos pacientes com Covid-19”, disse.
Na reunião, Pazuello propôs que os países alinhem as ações de enfrentamento à Covid-19 e capitalizem as relações de forma política em prol da população. O ministro reforçou o compromisso do Brasil na aquisição de vacinas.
“O Brasil está preocupado com as ondas da pandemia, com as doenças represadas e o impacto disso na saúde pública. Estamos preocupados com isso e investindo bastante. A vacina também é necessária para todos os países. Aderimos ao Covax Facility, firmando compromisso para a aquisição de 42 milhões de doses”, explicou Pazuello.
Declarações
A agenda internacional viabilizou a aprovação de quatro declarações conjuntas dos ministros de Saúde do Mercosul, sendo uma sobre o mecanismo Covax, uma sobre a importância de garantir a saúde ambiental e do trabalhador no contexto da pandemia, uma sobre assistência alimentar a populações vulneráveis no âmbito da Covid-19 e a última sobre o controle do tabaco no contexto da pandemia.
A primeira considera a necessidade de intensificar a cooperação horizontal entre os Estados Partes do Mercosul e Associados, com a finalidade de conter e controlar a pandemia e mitigar seus efeitos.
A segunda declaração, sobre saúde ambiental e do trabalhador, diz respeito à importância de abordar as ameaças à saúde e à segurança dos trabalhadores, em particular os do âmbito sanitário, reafirmando o compromisso assumido em apoiar o Plano de ação sobre a saúde dos trabalhadores para o período 2015-2025 da OPS-OMS, reconhecendo a importância de contar com programas de saúde ambiental e ocupacional para os trabalhadores da saúde de nossa região.
A terceira considera necessário promover no bloco um marco normativo que regule a assistência alimentar destinada às populações vulneráveis, seguindo as recomendações estabelecidas pelos Guias Alimentares de cada país e das políticas de etiquetagem frontal, no caso existam.
A quarta e última considera a necessidade de se ratificar a importância do fortalecimento das políticas de controle de tabaco entre os Estados Partes do Mercosul como parte do esforço regional diante da pandemia do coronavírus.
Fonte: Ministério da Saúde