A campanha superlativa do judô brasileiro no Campeonato Pan-Americano de Guadalajara, no México, encerrado no último domingo (22), teve ampla presença do Bolsa Atleta, do Governo Federal. Nos tatames, a equipe nacional manteve a hegemonia no continente com quatro ouros, seis pratas e quatro bronzes nas disputas individuais, além da liderança isolada do quadro de medalhas. Desses 14 pódios, 11 (78%) foram conquistados por judocas que integram o programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
Entre as 11 conquistas, destaque para os quatro ouros individuais, todos obtidos por integrantes da Categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta. Os títulos vieram com Eric Takabatake (-60KG), Daniel Cargnin (-66KG), Maria Portela (-70kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg), esta última após uma final 100% brasileira com outra integrante da Pódio, Beatriz Souza, que ficou com a prata.
O investimento do Governo Federal nos 11 atletas patrocinados que chegaram às medalhas no México é de R$ 1,09 milhão por ano. No judô olímpico como um todo, são 247 atletas apoiados pelos recursos entregues diretamente aos esportistas para que possam ter a preparação mais adequada possível, num investimento anual de R$ 2,38 milhões. São 13 atletas na categoria Pódio, quatro na Olímpica, 24 na Internacional, 119 na Nacional, 49 na Estudantil e 38 na de Base.
“Além de ficarmos extremamente felizes com a performance dos brasileiros, o resultado reforça, mais uma vez, a pertinência do investimento direto feito pelo Governo Federal na preparação dos atletas. Mais do que pódios, esses judocas reúnem exemplos que sempre reforçamos em nossas políticas, expostos no valor do esforço, da dedicação, da capacidade de vencer adversidades e do orgulho de representar a bandeira brasileira”, afirmou o secretário Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães.
Ouro também por equipe
Além das 14 medalhas individuais, o time brasileiro em Guadalajara conquistou o título por equipes mistas, nova prova do programa olímpico em que o Brasil já havia conquistado o bronze no último Mundial da modalidade, em 2019, no Japão.
Para garantir o ouro, a seleção passou pela equipe do México, na semifinal, com vitória por quatro a zero sobre os donos da casa. Os pontos foram marcados por David Moura (+90kg), Jéssica Pereira (57kg), Eduardo Katsuhiro (73kg) e Maria Portela (70kg).
Na decisão, o Brasil começou com vantagem de um a zero pelo desfalque da peso pesado cubana Idalys Ortiz, que não foi ao Pan de Guadalajara. Mesmo assim, o duelo foi muito equilibrado. Na primeira luta, Arnaes Garcia (57kg) venceu Jéssica Pereira nas punições e descontou para Cuba. Em seguida, Eduardo Katsuhiro (73kg) imobilizou Orlando Polanco e marcou para o Brasil. Cuba reagiu com Maylin Del Toro Carvajal, vencendo Maria Portela (70kg) nas punições, após mais de cinco minutos de golden score. O vice-campeão mundial dos 90kg, Ivan Felipe Silva Morales, conseguiu um ippon relâmpago sobre Eduardo Yudy e ampliou para Cuba. Três a dois. David Moura veio para o “tudo ou nada” e garantiu o empate em três a três com vitória, também nas punições, sobre Andy Granda, no pesado masculino.
Para desempatar a disputa na competição por equipes sorteia-se uma categoria entre as seis do confronto para fazer uma luta extra com “ponto de ouro”. Ou seja, quem marcar primeiro vence. O peso sorteado para definir o duelo Brasil x Cuba foi o 57kg, de Jéssica Pereira. A brasileira, que havia perdido na primeira luta, foi para cima de Arnaes Garcia e conseguiu a vitória na revanche com um waza-ari, garantindo o ouro para o Brasil.
Fonte: Assessoria