Sem a presença de Wilson Rezato, candidatos à PJF participam de debate na Câmara Municipal

A JFTV Câmara, realizou entre a noite de quinta-feira (29) e a madrugada desta sexta-feira (30), a transmissão do primeiro debate entre os candidatos à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). A sessão teve mais de 4h30 de duração. Entretanto, apenas Wilson Rezato (PSB), não esteve presente no evento. Assessores e jornalistas também foram ao local.

O debate, que foi mediado pelo radialista Marcelo Juliani, contou com a presença dos candidatos: Aloizio Penido (PTC), Eduardo Lucas (DC), Fernando Eliotério (PCdoB), Ione Barbosa (Republicanos), Lorene Figueiredo (PSOL), Marco Felício (PRTB), Marcos Ribeiro (Rede), Margarida Salomão (PT), Sheila Oliveira (PSL) e Victória Mello (PSTU).

Por conta da pandemia do Covid-19, todo o espaço no plenário foi adaptado, conforme as medidas de segurança e prevenção à doença. Cada candidato teve um microfone individual, bem como a distância mínima.

Cronograma do debate

 O debate foi dividido em quatro blocos. O primeiro iria sortear um candidato, para que este fizesse uma pergunta para qualquer outro participante, com tema livre. Após resposta, réplica e tréplica, o segundo candidato sorteado, poderia escolher para quem iria fazer a pergunta, e assim sucessivamente.

No segundo bloco, o esquema seria o mesmo, porém os temas seriam sorteados e também com resposta, réplica e tréplica. Os assuntos abordados foram: saúde, mobilidade urbana, educação, transporte público, cultura, turismo, emprego e renda, assistência social, urbanismo/acessibilidade, meio ambiente e esporte.

No terceiro bloco, os procedimentos foram os mesmos adotados na primeira etapa. Além disso, foram abordados assuntos como plano diretor, infraestrutura, violência doméstica, recursos financeiros, moradia nas periferias, déficit nas contas da Prefeitura, saúde pública, meio ambiente e sustentabilidade.

Já no quarto e último bloco, as regras, bem como o formato, foram os mesmos do segundo. No final do debate, foram feitas as considerações finais.

Considerações Finais

 Ao término da sessão, cada candidato teve a oportunidade de fazer suas respectivas considerações finais:

Victoria Mello Vic:

“Para quem não tem espaço para divulgação de seu programa no horário de propaganda eleitoral por uma legislação completamente injusta e desigual, espaços como este são fundamentais para nós fazermos a apresentação do nosso programa. Nós estamos vivendo uma situação, esse debate que está acontecendo aqui, me pareceu aqui que é um debate que está acontecendo em situação de normalidade. Não estamos vivendo nenhuma situação de normalidade. Nós temos uma crise econômica que já dura dez anos e nós estamos vivendo uma pandemia mundial, que já matou mais de um milhão de pessoas no mundo todo. E aqui no nosso país, quase 160 mil pessoas, na sua grande maioria trabalhadores, o povo pobre do nosso país. Nessa situação, não é possível que participemos de um debate e de uma candidatura como se estivéssemos em um período normal. Nessa condição, não é possível que as propostas que sejam colocadas aqui não sejam para a classe trabalhadora, com todo sofrimento que a classe trabalhadora tem. Aumentando o endividamento da nossa cidade, fazendo caridade, fazendo pequenas reformas no sistema capitalista, como propõe as candidaturas aqui de conciliações de classes, as candidaturas aqui que falam de cidade solidária, nós não vamos resolver o problema da classe trabalhadora nesse intenso sofrimento que ela está vivendo numa condição dessa. É importante fazer o debate da classe trabalhadora de que é preciso mudar esse sistema capitalista, que destrói o meio ambiente, destrói a vida humana e não é capaz se quer de garantir a vida humana. Por isso que nós estamos apresentando para Juiz de Fora, uma alternativa socialista, um projeto que englobe a classe trabalhadora nas decisões da cidade, na descentralização das decisões da cidade. Se é classe trabalhadora que produz, se é a classe trabalhadora que faz a cidade funcionar, é a classe trabalhadora que tem que governar, não os ricos, a burguesia, não é o parlamento, que em sua maioria é formado por vereadores que têm ligação com empresários da cidade, que vai resolver o problema da classes trabalhadora. É a classe trabalhadora se organizar, é esse o projeto que nós apresentamos para a cidade.”

 

Margarida Salomão:

“Eu quero agradecer a você, Marcelo, quero agradecer à TV Câmara, e que agradecer a todas as candidatas candidatos que compareceram para este longo debate que nós estamos travando, e agradecer a todo mundo que está nos acompanhando até essa hora da noite, da madrugada. Eu quero afirmar mais uma vez que a nossa candidatura, com o nosso vice Kenedy Ribeiro, é uma sessão de fé, de que Juiz de Fora vale a pena e que nós acreditamos que é possível escrever uma nova história. Eu quero dizer que hoje no Brasil 85% das pessoas moram nas cidades. Debater a cidade é, portanto, debater o país. Se você encontra soluções no município, você então está contribuindo para resolver a grande crise nacional, que é de fato a reinvenção da democracia brasileira. Então eu quero agradecer a todos aqueles que estão participando da nossa construção do Programa de Governo, centenas de pessoas, quero agradecer a cada um e cada uma que têm nos recebido, e que tem nos ensinado muito sobre a cidade de Juiz de Fora. A participação popular é um elemento decisivo para que esta cidade tenha um novo amanhã, mais livre e mais feliz.”

 

Delegada Sheila:

“Gostaria de agradecer a você Marcelo, pela a disponibilidade, a TV Câmara por ter proporcionado a todos nós, tanto aos candidatos e todos que nos acompanham e que nos assistem, aos eleitores de Juiz de Fora, nesse momento de democracia, dando direito iguais a todos aos candidatos, indistintamente, e isso é expressão da democracia verdadeira. Gostaria de encaminhar uma mensagem especial as pessoas que estão nos acompanhando, falar para vocês. Compare as propostas, compare aquele que está realmente preparado, procure votar naquele candidato experiente, que tenha experiência em gestão, que tem experiência na coisa pública, e que saiba o que está dizendo. Não é momento para Juiz de Fora estar elegendo aventureiros, pessoas que não sabem como funciona a Administração Pública, nós estamos passando por um momento complicado, muito difícil, aonde nós estamos ainda no meio de uma pandemia, e fechando o ano com um débito de cerca de R$ 150 milhões. Então, nós precisamos de candidatos que tenham portas abertas junto ao governo federal e estadual, porque sabemos que cerca de 95% dos impostos arrecadados, segundo o pacto federativo, estão nas mãos do governo federal e estadual. Então nós precisamos estar fazendo uma gerenciação reforçada com esforço técnico, isento, sem conchavos políticos. A nossa coligação foi toda formada por Brasília, sem nenhum tipo de conchavo, nem de troca de secretarias em favor de apoio político para a nossa coligação. Então, nós temos a total isenção para estar trabalhando, buscando recursos, construindo ótimos projetos, e entregarmos aí uma proposta que Juiz de Fora merece e fazer de tudo para reerguermos a nossa cidade. Nosso plano é todo pautado no liberalismo econômico, aonde a liberdade é a regra, a restrição é a exceção, é assim que tem que ser. Porque vamos fazer uma proposta diferente, o que nós vemos hoje é um inchaço da máquina pública e o achatamento da iniciativa privada. A nossa proposta é exatamente o contrário disso.”

 

Fernando Eliotério:

“Agradecer ao Marcelo, agradecer a TV Câmara, agradecer a cada um aqui, candidatos e candidatas. Quero dizer a você eleitor, como eu disse durante o debate, é uma candidatura que incomoda várias pessoas. Depois de 32 anos, temos uma candidatura de dois negros de periferias. Quando eu digo isso, eu sinto o problema na pele. Eu não vivo igual a maioria aqui, posso assim dizer, que ouviu dizer do problema. Eu vivo o problema no meu dia a dia e quero dizer que eu tenho uma vida prestada no serviço público, com experiência em gestão. Sou servidor público federal, já estive no ministério como especialista em gestão de saúde e tenho muito a contribuir com a nossa cidade. Tenho também um vice, que é negro de periferia, com muita qualificação para que a gente possa fazer uma Juiz de Fora melhor. Aqui em Juiz de Fora, nós temos uma equipe, já temos projetos prontos e temos um programa de governo, que como outros aqui está em construção. Venha conosco, acompanhe o nosso Programa de Governo e dê sugestões para que a gente possa realmente fazer. O nosso governo ele tem prioridades. O nosso governo é um governo para a periferia, para aqueles que mais precisa. Como a periferia precisa mais, ela terá toda a nossa prioridade no nosso governo, diferente de outros aqui que preferem privatizar, terceirizar, esse não será o nosso governo. O nosso governo pensa assim, no serviço público de qualidade para todos e todas. O sistema de saúde no Brasil que eu tive a felicidade de ajudar, colhendo assinatura para que ele fosso criado, precisa sim ser reforçado, precisa sim de mais recursos, para que a gente possa atender a cada um e a cada uma da mais longe periferia da nossa cidade e, inclusive, nos nossos distritos, nas nossas zonas rurais da nossa cidade, que também sofrem muito com essa questão da saúde pública. Portanto, eu quero dizer eleitor, vote no 65. Vote nos candidatos do 65, para que a gente possa fazer a diferença, fazer para a periferia, que é quem mais quem precisa, fazer para a população negra, que é a mais sofre nessa cidade, por causa de todo o sistema, falta de saúde, falta de educação e falta de segurança. Por isso estou aqui sendo candidato, com a coragem, e essa candidatura está incomodando muita gente”.

 

Aloízio Penido:

 “Faço as minhas palavras que já foram ditas, de agradecimento e a todos que nos acompanham neste momento. Sou nascido na cidade de Mar de Espanha, aqui ao lado, família pobre, fui criado na baixada fluminense, periferia, perdi meu pai aos 13 anos de idade, seis irmãos, o mais novo com um ano de idade, de tal maneira que aos 22 eu era zelador, é uma história de superação. Me dediquei aos estudos, obtive informação, licenciatura plena em Letras, Pedagogia, pós-graduação em Gestação Estratégica de Empresa. Aos 33 anos, assumi o nosso complexo em todo o estado de Minas Gerais, e ali administrei por 15 anos, tendo certificação no senado americano. Fui acolhido por essa cidade, onde estou há 20 anos. Aqui recebi o título de Cidadão Honorário. Aqui recebi a mais alta comanda da cidade, que é a Medalha Halfeld. Então, eu tenho uma folha corrida como gestor e quero dizer que me sinto preparado para administrar essa cidade. Não tenho o uso de fundo eleitoral, não tenho tempo de TV, o eleitor não vai me ver na TV porque eu não usaria recurso públicos para fazer campanha. Entendo que é importante o debate. Nós temos que investir o dinheiro público na saúde pública, na educação, no transporte. No Brasil, eu costumo dizer, que foi mudado o telhado, o telhado foi mudado, a Presidência da República foi mudada. Nesta cidade, o presidente recebeu uma facada que poderia ter sido fatal, agora nós temos que mudar as bases, as bases são as cidades e Juiz de Fora precisa de um gestor. Discutimos aqui muito ideologia, sobre o que fazer, e eu disse como fazer, como gerar empregos, como levar educação, como levar saúde à periferia, às classes mais pobres. Por isso, eu peço o seu voto eleitor, Aloízio Penido, 36, e o nosso lema de campanha é Desperta JF! Juiz de Fora está adormecida e Juiz de Fora não precisa de um político, precisa de um gestor. Por isso eu me apresento à cidade de Juiz de Fora que eu tanto amo”.

 

Marco Felício

“Agradeço o convite que recebi de vir aqui, porque sabia que era a casa do povo. Onde pensei que, na casa do povo eu tinha a liberdade de se expressar. Cheguei, assuntei como dizia a minha vó, o ambiente e quando comecei a falar vi que não agradei. Aqui é uma casa que neste momento está dominada pela esquerda, e eu não admito a esquerda. Eu sou um homem que preza a liberdade e em 64 enfrentei a esquerda com arma na mão, arriscando a minha vida, deixando a minha família para trás. E não é por isso que hoje eu vá admitir que a esquerda, inclusive, preveja uma ditadura do proletariado tendo a classe professora à frente. Isso é um absurdo! E digo pros senhores, fiquei agora muito motivado a lutar pela minha candidatura. Vou buscar ser o prefeito de Juiz de Fora e o farei com vigor. E vamos ser o prefeito de Juiz de Fora! Sou um general, sou um comandante, estou acostumado a lutar, e não é contra situações fracas, situações que não levem perigo. Fui treinado durante 44 anos para enfrentar situações onde o combate era a estrela e, neste caso, muitas vezes nós precisávamos era administrar o caos. E aqui eu vejo que há um caos e me coloca à disposição do eleitorado, do eleitorado que acredita no valor do conservadorismo, do liberalismo, da liberdade.”

 

Marcos Ribeiro:

“Quero agradecer a você, Marcelo, quero agradecer à Câmara Municipal, por ter dado a nós essa oportunidade de debater. Agradecer aos funcionários da Câmara, que estão aqui até agora nessa missão. Agradecer ao pessoal da imprensa que está aqui cobrindo e, principalmente, você que está em casa, nos acompanhando. Quero agradecer também à minha equipe, que construiu esse Plano de Governo, um plano para Juiz de Fora. Quero pedir a vocês também, apoio aos vereadores que me apoiam, os vereadores da Rede, do Avante e dos demais partidos. Nós não temos nenhum vereador com mandato, o nosso compromisso é com Juiz de Fora, é com a mudança. Quero também agradecer aos demais candidatos e candidatas aqui presentes. Fico muito triste, porque faltou um candidato. Eu acho que o debate é um momento de exposição de ideias e o momento que a população tem para escolher o melhor. Deixo a sugestão aqui também da gente fazer o debate dos vices, porque é muito importante. Hoje Juiz de Fora é governada por um vice. E quero falar para você, população, no nosso Plano de Governo vocês estão em primeiro lugar. É o povo em primeiro lugar! Nós temos um Plano de Governo que dá pra colocar em prática, a prestação de serviço para a nossa população, que vem sofrendo tanto. Peço também que conheça o nosso Plano de Governo e dos demais candidatos e que dia 15 de novembro vocês votem 18. Marcos Ribeiro, pra mudar essa cidade. Quero agradecer todo mundo mais uma vez e quero também deixar uma mensagem. Que todos fiquem com Deus! Porque quando falta Deus, nós ficamos com o que temos, e isso é muito triste. Encerro a minha fala aqui e deixo um abraço a todos”

 

Lorene Figueiredo:

“Bom, faço minhas as palavras de todos. Agradeço à TV Câmara e aos trabalhadores que propiciaram este momento para fortalecer a nossa frágil democracia. Tenho grande acordo com a candidata Victória, nas suas palavras, e que dizer que o Partido Socialismo e Liberdade quando fala em garantir direitos, não está fazendo falácia e nem ideologia. Nós estamos dizendo que nesta situação, de crise econômica, de crise de saúde, não podem ser as 19 mil famílias, que vivem na pobreza e nem as três mil famílias, que estão abaixo da linha de pobreza, e nem as pessoas que são moradoras de rua, que têm que pagar por essa crise. Então, quando a gente fala em garantir direitos, a gente está falando em recuperar os serviços públicos, gratuitos, universais, é justamente para reduzir o impacto da diferença, da desigualdade de renda e de riqueza desta cidade. E é por isso que nós dizemos que nós vamos cobrar dos mais ricos, porque agora é a hora deles mostrarem que se preocupam com a cidade. E a gente precisa continuar, em uma batalha incansável contra o atual governo federal e contra o atual governo estadual, porque eles são inimigos destes direitos, porque querem privatiza-los. Temos que continuar uma luta sem trégua para garantir o que é nosso, que nós temos o direito, direito ao trabalho, direito à vida, uma vida digna, uma vida alegra, uma vida com cultura, uma vida rica. Isso não pode ser negado àqueles que trabalham, àqueles que saem todos os dias de manhã de suas casas e que colocam sua vida em risco, nesta situação de pandemia, porque alguém que ocupa a Presidência da República diz que ‘é só uma gripezinha’ e que não compra vacina, e que não vai fazer teste. Isso é indecente, isso é imoral! Ninguém aqui deveria se vangloria de apoio desse governo para conseguir qualquer coisa que fosse. A gente tem que conquistar com política e com projeto. Quero falar que a cidade solidária tem esse nome porque defende a solidariedade, a cooperação entre os trabalhadores, porque é isso que tem, inclusive, salvado vidas nas periferias. A nossa classe assalariada se organizou e deu show!”

 

Ione Barbosa:

“Quero agradecer esse espaço democrático aqui na TV Câmara, agradecer esse vozeirão nosso radialista excelente, agradecer todas as pessoas que estão aqui, e todos que estiveram até esse momento, mas eu gostaria de colocar para você eleitor, a minha história bem rapidamente. Eu comecei a trabalhar com 13 anos de idade, sempre precisei da saúde pública, sempre precisei da educação pública. Eu sou uma pessoa que teve que ter acesso ao serviço público, então eu sei o que é precisar do serviço público. Entendo que hoje, infelizmente, o eleitor está desesperançoso, ele está se sentindo abandonado. Ele vem de um mandato que um prefeito foi candidato, foi reeleito e teve a confiança do eleitor e, infelizmente, não seguiu. O que ocorre? Quero dizer para você eleitor, que eu estou colocando meu nome à disposição, a minha vida à disposição. Muito importante são as propostas, muito importante são as propostas a depender do candidato, podem ser meras promessas, portanto, é necessário ter credibilidade. Nós temos uma história nessa cidade. Eu não vim candidata a prefeita à toa. A minha candidatura é construída, não é uma candidatura posta, não é por vaidade, não é por interesse político e nem por interesse econômico, é pelo bem de Juiz de Fora. Eu tenho compromisso com pessoas e peço nesse momento eleitor, se você quiser mudar a história de Juiz de Fora, não vote no menos ruim, vote no melhor e eu estou disposta a ceder a minha vida por você, pela nossa cidade, porque essa cidade eu amo e é tudo que eu tenho é graças a essa cidade. Então fica aqui o meu pedido de voto para uma cidade nota 10. Quero dizer também da minha trajetória, rapidamente aqui, sou professora universitária, fui procuradora do município, advoguei por muito anos e depois vim passar a um concurso de delegada, portanto, nós temos um histórico de vida. Quando você for escolher o seu candidato, mais que a trajetória política dele, você tem que ler o histórico dele, o caráter.”

 

Eduardo Lucas:

“Eu queria dizer, que aos oito anos, eu que nasci em Juiz de Fora, nesse plenário, assistia ao meu pai como vereador, falando nessa tribuna, Marcelo, e me emociono porque naquela época aqueles grandes homens não tinham uma série de privilégios que têm hoje. Nós estamos vivendo um novo tempo. Eu jamais pensei em entrar na política, me recomendaram que não fizesse porque eu tinha acabado de formar em engenharia, mas já tinha o destino traçado. Depois de ajudar tanto a construir Juiz de Fora, com mais de 50 empreendimentos urbanísticos, que nunca tiveram nenhum tipo de problema de finalização ou de impactos ambientais, e de certa forma, contribuíram para não haver dessa implosão que está acontecendo agora, sem esses empreendimentos urbanísticos, eu escuto muito ‘o que seria?’ porque eles favoreceram junto com outros que trabalham no urbanismo, a condição da cidade respirar. Ainda assim, nosso patrimônio histórico se encontra ameaçado, desprotegido, inclusive com pessoas do compacto que fazem parte do setor especulativo imobiliário. Foi exatamente em função de não concordar com isso, e ir de encontro até com meus pares, que eu aceitei por estímulo participar da vida pública, há cerca de cinco anos. E qual foi a decepção? Nós não tínhamos espaço, ninguém permitia, esses partidos não aceitavam. Recebi um convite cerca de dois anos depois para ser vice candidato a governador, levei o maior susto, em apenas dois anos, sendo que em 2016, ninguém concordou que nós estivéssemos numa candidatura. Esse ano de 2020, nós não tínhamos partido, como não conseguimos também nenhum tempo de televisão, fundo eleitoral e até gostamos disso”.




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