Funcionários da GIL paralisam suas atividades no município

Na madrugada desta sexta-feira (30), os trabalhadores da empresa Viação Goretti Irmãos Ltda (GIL), paralisaram suas atividades pelo município. A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Juiz de Fora (Sinttro-JF). Segundo informações, cerca de 600 funcionários aderiram a paralisação.

A mobilização se deve pelo não pagamento de parcelas de tíquete-alimentação, que seriam quitados pela GIL. Em decorrência da pandemia do Covid-19, as situações financeiras das empresas de ônibus da cidade, tem se agravado por conta da crise.

Por conta da não circulação dos veículos, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), informa que 20 linhas deixaram de ser atendidas: Floresta, Caeté, Jardim Esperança, Retiro, Terras Altas, Sarandira, Alto Grajaú, Nossa Senhora Aparecida, Vitorino Braga, Parque Burnier, Bom Jardim, Linhares, Santa Cândida, Aracy, Grajaú, São Sebastião, São Benedito, Vila Alpina, São Bernardo e Nossa Senhora de Lourdes.

Além disso, a Secretaria diz que a GIL não disponibilizou o mínimo de 30% da frota, como previsto e que estão sendo tomadas todas as medidas cabíveis.

O Sinttro explica também que nenhum dos 38 veículos, saiu da garagem localizada no Bairro Vitorino Braga (Região Leste). O Sindicato orientou aos seus funcionários “para que voltassem para as suas residências”. 

Circulação de vans escolares

A Settra informa que foi publicada na manhã de sexta, o documento que autoriza a circulação de vans escolares, para auxiliar no transporte de passageiros, para os respectivos bairros citados anteriormente. O transporte estará em circulação enquanto durar a greve, total ou parcial.

A medida que foi estabelecida no mês de julho, prevê que “os veículos autorizados a prestar o transporte complementar devem estar devidamente cadastrados na Settra, observando-se a legislação em vigor referente ao transporte escolar”. Além disso, o valor cobrado será de R$ 3,75, mesmo adotado nos ônibus coletivos.

Além disso, a Settra determina que “todos os veículos devem circular com adesivos de autorização, podendo utilizar as faixas exclusivas para o TCU e usando obrigatoriamente os pontos destinados ao embarque e desembarque de passageiros, não sendo permitida a parada fora destas áreas”. Foi determinado também que os veículos que não se enquadram nos requisitos, estão proibidos de circularem pela cidade. 

O que diz a GIL

De acordo com o presidente da GIL, Fernando Goretti, os trabalhadores da empresa, foram impedidos de trabalhar pelo Sindicato e que o mesmo estaria tentando restringir o expediente dos funcionários no departamento pessoal da empresa. Ele frisa que os setores administrativo e a manutenção estavam funcionando normalmente.

Quanto à situação dos tíquetes, Fernando relata foi feita uma proposta de parcelar o benefício, sendo que a primeira delas havia sido paga durante o mês de outubro. Ele afirma ainda que a outra metade seria quitada até o último dia 25, entretanto, os trabalhadores não aceitaram e manifestaram pelo pagamento integral do restante do tíquete.

O presidente da GIL diz que a quitação não pôde ser feita durante essa semana, por conta da crise financeira. Reitera também que a paralisação dos trabalhadores, não está cumprindo a determinação da Lei da Greve, que obriga a circulação de 30% da frota da empresa.




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