Após a Honda anunciar recentemente que deixará o circo da F1 ao término da temporada 2021, tanto a Red Bull quanto Alpha Tauri, buscam novos fornecedores de motor a partir de 2022, quando entrará o novo regulamento previsto no “Pacto de Concórdia”.
Na situação atual, a Renault deveria formar parceria, uma vez que trabalha com menor número de equipes no grid, neste caso o próprio time francês e a McLaren. Além disso, o conjunto seria sem custos.
No caso da Red Bull, o chefe de equipe Christian Horner, admitiu em pegar o projeto da Honda e desenvolver de forma independente. Portanto, nos últimos dias surgiu uma possibilidade do time austríaco fechar acordo com a Mercedes como fornecedora das unidades de potência. Todavia, o chefe Toto Wolff, negou qualquer possibilidade para tal parceria:
“Hoje é simplesmente um problema de capacidade. Essas unidades de energia são muito complicadas. Estamos em uma situação que não podemos apenas expandir continuamente, como todos nós na Daimler.Do ponto de vista logístico, do ponto de vista dos custos, não é possível fornecer à Red Bull uma unidade de potência”.
Ele explica também que em 2016, os dois times chegaram a conversar sobre o caso, porém a ideia era formar aliança na questão do marketing, “Na época, a ideia era de que Mercedes e RBR trabalhassem juntas no marketing. Ficamos interessados na plataforma da RBR, pois eles são uma marca super bacana e muito inovadora no que fazem. Isso foi o que disse a Christian (Horner), e se fôssemos capazes de ligar os dois de alguma forma e encontrar uma aliança, algo no nível do conselho da Daimler, permitiria pelo menos uma consideração adequada. Mas nunca se concretizou”.
Além disso, o próprio Toto Wolff conta que apesar de fornecer motores para Williams, Racing Point e para a McLaren a partir do próximo ano, a prioridade do time alemão sempre foi de atuar como equipe de fábrica:
“Do ponto de vista do marketing hoje, os fornecedores de unidades de potência não se beneficiaram muito de trabalhar com equipes. Esse é o motivo pelo qual compramos a equipe, e por que não continuamos como fornecedores de unidades de potência, e acho que estamos colhendo os benefícios de ter uma equipe. Não é nossa prioridade fornecer motores. Nós os construímos e os competimos em nossos carros e, obviamente, para refinanciar os custos que os fornecemos aos clientes”.
Desde o ano de 1994, a Mercedes trabalha como fornecedora de unidades de potência na F1. Sua primeira aliança foi com a Sauber. De 1995 a 2014, formou parceria com a McLaren que rendeu três títulos de pilotos com Mika Hakkinen (1998 e 1999) e Lewis Hamilton (2008), além do campeonato de construtores em 1998. Neste período, o time inglês conquistou 78 vitórias, 181 pódios e 3.027 pontos conquistados.
Além disso, a fabricante alemã trabalhou junto com Force India, Manor, Lotus, Williams e Brawn GP, este foi comprado em 2010 e virou equipe Mercedes.