Desde que o Ministério da Saúde declarou a emergência de importância nacional pela pandemia de covid-19, em fevereiro de 2020, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), iniciou uma corrida contra o tempo para ampliar, aos 853 municípios, a capacidade assistencial da rede pública, de modo que nenhum mineiro corresse o risco de ficar sem atendimento médico e hospitalar.
Seis meses depois e com 1.840 leitos de UTI a mais no estado, a SES-MG continua a empenhar esforços para deixar à população mais do que a memória dos dias difíceis causados pelo coronavírus. O objetivo é garantir uma estrutura permanente e organizada para servir ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), independentemente da pandemia.
O detalhamento deste processo foi apresentado na live realizada pela SES-MG na última terça-feira (8/9), pelo secretário de Estado de Saúde Carlos Eduardo Amaral e pelo subsecretário de Gestão Regional, Darlan Thomaz.
“Estruturamos um plano de contingência, com previsão de recrutamento de leitos em etapas e definição do perfil dos hospitais elegíveis para ter leitos de UTI ampliados”, explicou o secretário. Segundo Amaral, esta é uma das estratégias mais significativas para Minas, uma vez que se baseia no reconhecimento das realidades regionais e locais para atuar.
Ação local
Diariamente, a SES-MG monitora o cenário epidemiológico das macrorregionais de Saúde por meio da integração entre a sua Sala de Situação e as Salas de Situação regionais, instaladas já na primeira semana de março. A intenção é acompanhar a incidência da pandemia, a capacidade operacional de cada uma das regiões e a velocidade do avanço da doença. “Com dados quantitativos e qualitativos, fazemos o controle de todos os mecanismos por meio de metodologia internacionalmente aceita”, explicou o subsecretário de Gestão Regional, Darlan Thomaz.
O manejo permite direcionar o paciente com covid-19 para um local de atendimento, de modo assertivo, considerando que nem todos os municípios mineiros têm hospitais com leitos de UTI. “A ideia é colocar o paciente certo, do ponto de vista territorial, no local certo, evitando seu transporte desnecessário e o enfrentamento de longas distâncias. Buscamos, dentro do possível, que este paciente seja atendido o mais próximo de casa”, explica Darlan Thomaz.
Segundo o subsecretário, a instalação dos comitês macrorregionais é importante e inovadora por reunir não só gestores municipais e de Saúde, mas também membros do Ministério Público, de operadoras de planos de saúde e de instituições hospitalares. Todos são agentes dos territórios, conhecem as realidades locais e podem contribuir no enfrentamento à covid-19.
Medicamento em casa
O programa Medicamento em Casa é outra estratégia articulada entre a SES-MG, as macrorregionais de Saúde e os municípios. O programa garante a pessoas com doenças pulmonares respiratórias a entrega de remédios em domicílio. Até o momento, foram oferecidos 55 tipos de medicamentos, com 20.586 entregas, atendendo a 6.771 pessoas em 12 cidades: Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Ipatinga, Itambacuri, Juiz de Fora, Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí, Santana do Paraíso, Teófilo Otoni, Timóteo e Uberlândia.
“Estamos sempre buscando alternativas para sermos mais eficientes; fazendo mais com menos para fazer melhor. O Medicamento em Casa é um projeto embrionário, criado especificamente para o contexto atual. Mas seus resultados nos mostram que, para o próximo ano, é provável que seja o ponto de partida para várias outras ações que pretendemos implementar”, explicou o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
Às terças-feiras, às 19h, a SES-MG realiza lives com o secretário Carlos Eduardo Amaral e recebe representantes da pasta para responder perguntas sobre a pandemia. Para assistir, basta acessar o perfil @saudemg no Instagram.
Fonte: Agência Minas