Diretoria Executiva da Andifes avalia sobre adoção do ensino remoto emergencial

Contando com a participação do reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Marcus David na vice-presidência, a Diretoria Executiva da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), faz avaliação sobre adoção do ensino remoto emergencial e defende a nova atividade, aprovada por 54 das 69 universidades federais do país e em debate nas demais.

A diretoria do órgão informa que as universidades aprovaram seus respectivos cronogramas de ensino remoto da graduação, respeitando à autonomia, às especificidades e à própria dinâmica da pandemia em cada território, considerando as condições de biossegurança e o estabelecimento de meios técnicos e legais necessários. Os modelos adotados pelas instituições de ensino superior, visam a preservação da saúde de estudantes, de professores e de técnicos, além da mitigação de danos, da maior qualidade e inclusão possíveis. Além disso, o presidente Edward Brasil acrescenta que:

“O primeiro passo foi conhecer o problema em profundidade, a partir de diagnósticos e levantamentos diversos, junto aos estudantes, da sua condição para esse retorno. Uma quantidade significativa dos alunos tem dificuldades, devido a inúmeras variáveis sociais e econômicas.”

Para o reitor da UFJF, Marcus David, a adoção do ensino remoto emergencial permite que a Andifes combata a diminuição das injustiças, “Estamos enfrentando desafios complexos, como casos de alunos e professores com deficiência e situações de estudantes em regiões remotas. Não abrimos mão da qualidade, por isso temos segurança e convicção de que o que está sendo apresentado é um sistema inclusivo, com a qualidade acadêmica, a marca das nossas instituições.”

Já a 2ª vice-presidente do órgão, Joana Angélica Guimarães, aproveita o gancho feito por Marcus David e cita alguns exemplos dos auxílios a serem oferecidos para os estudantes:

“Todas as universidades estão buscando oferecer auxílio emergencial para os estudantes. Estamos lidando com todas essas questões, inclusive com deslocamento de pessoal para levar material didático para estudantes em locais de difícil acesso ou sem disponibilidade de internet. O mesmo está sendo feito para atender às pessoas com deficiência e demais que necessitem de um cuidado mais especial para ter acesso às aulas.”

A retomada das aulas, mesmo não sendo presencial, acontece em meio às discussões e decisões tomadas por cada universidade no Brasil, as quais possuem autonomia como previsto no artigo 207 da Constituição Federal. Segundo Edward Brasil, nenhum das 69 instituições federais sinalizam retorno das aulas presenciais:

“Nenhuma universidade tem decisão de retorno presencial, por absoluta prudência, devido à ausência de vacina, tratamento e testes para todos. Por isso, o retorno, neste momento, é exclusivamente remoto, o que traz menos prejuízos”, finaliza.

Universidades atuam no combate ao Coronavírus

 Durante a primeira fase da declaração da pandemia do Coronavírus, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), muitas universidades federais brasileiras suspenderam suas atividades presenciais, visando preservar a vida das pessoas. Entretanto, segundo Edward Brasil, as instituições trabalham no combate ao Coronavírus, como atividades de pesquisas, trabalhos em laboratórios e hospitais:

“Nesse contexto todo, as universidades brasileiras, em nenhum momento, paralisaram por completo as suas atividades; pelo contrário, apresentaram-se para o enfrentamento da pandemia, com compromisso público. Está sendo desenvolvida uma quantidade muito grande de ações de enfrentamento da pandemia, no tratamento das pessoas, produção de insumos, testagem, desenvolvimento de equipamentos, o que fez com que as universidades conduzissem milhares de ações no que diz respeito à pesquisa, assistência e projetos de extensão”.




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