O Sindicato de Atletas de São Paulo, enviou na terça-feira (11), um documento pedindo para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), altere os protocolos de segurança e prevenção ao Coronavírus. Além disso, o órgão ameaça entrar na Justiça e pedir a paralisação do Campeonato Brasileiro, caso o pedido não seja acatado. Nessa primeira rodada, realizada no último fim de semana, o jogo entre Goiás x São Paulo foi adiado, após dez jogadores do time goiano testaram positivo para Covid-19, cujos resultados foram divulgados somente na manhã de domingo (9), que foi o dia do jogo.
No documento enviado, o sindicato apresentou duas opções de estratégias, para que sejam estudadas pela CBF: “o primeiro na Alemanha, em que os jogadores se isolam e testam para o covid-19, mas com o tempo hábil para que os resultados possam ser aproveitados ou seguimos e o segundo vem da NBA americana, que isolou totalmente os jogadores e demais membros dos times para que a competição transcorra com um risco mínimo”.
Diante das questões do isolamento e das bolhas, o sindicato pede que “ou isola as delegações por uma quantidade de dias antes de cada partida, quantidade de dias que seja capaz da obtenção dos resultados das testagens de forma segura ou se cria a “bolha” e isola de vez delegações durante toda a competição. Evidente que qualquer dos dois parâmetros para ser adotado deve considerar as modificações inerentes às condições nacionais, porém sem desconsiderar a essência que traga segurança na preservação da saúde e vida de todos os envolvidos”.
Além disso, o órgão cita no documento uma citação feita pelo presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, em uma de suas redes sociais, no qual demonstra seu posicionamento perante aos protocolos de prevenção ao Coronavírus durante o Campeonato Brasileiro:
“O Brasileirão precisa que todos entendam e aperfeiçoem os protocolos para continuar suas atividades. É da continuidade da atividade econômica dos clubes que depende o futuro de milhares de adultos, sem falar nos jovens que se dedicam nas categorias de base” diz Andrés Sanchez no Twitter.
Inclusive, o sindicato encerra seu comunicado oficial publicado em seu site, falando sobre um possível acionamento na Justiça:
“Em caso de resposta negativa, para a entidade dos jogadores paulistas não restará alternativa a não ser o já conhecido caminho do judiciário. O Sindicato de Atletas SP espera que a CBF, ao menos dessa vez, surpreenda e faça a coisa certa”.
Mudanças no protocolo
Após o ocorrido no jogo entre Goiás x São Paulo, a CBF publicou na noite de segunda-feira (10), uma série de mudanças em seu protocolo médico:
A) A testagem será ampliada. TODOS os jogadores dos elencos dos clubes, inscritos na competição correspondente, serão testados a cada rodada, com 72 horas de antecedência a cada partida, independente de estarem ou não relacionados para o jogo. A medida é válida para as partidas a serem realizadas a partir da próxima sexta-feira, 14, visto que, para os jogos previstos até esta data os procedimentos já estão em curso.
B) Para garantir a logística e a agilidade deste procedimento, os clubes poderão optar entre seguir utilizando o Hospital Albert Einstein ou, se preferirem, optar pela contratação de laboratórios locais, desde que portadores do selo de acreditação laboratorial, outorgado pelas entidades de saúde competentes, e obedecendo aos padrões de teste molecular especificados pelos protocolos. A CBF reembolsará o valor dos testes aos clubes que optarem pelo laboratório local, tendo como referência o valor estabelecido no contrato celebrado entre a entidade e o Einstein. Desta forma, a CBF mantém seu compromisso de custear integralmente a realização de todos os testes, seja diretamente com o hospital referido ou com o uso de laboratórios locais.
C) Os resultados deverão ser enviados à CBF até 24h antes da partida pelo clube mandante e até 12h antes da viagem pelo clube visitante, o que permitirá que qualquer equipe proceda a troca de eventuais jogadores com teste positivo.
D) Ao mesmo tempo, a CBF reforça que os clubes devem manter o rígido cumprimento do Guia Médico para retorno das atividades do futebol brasileiro e da Diretriz Operacional de cada competição, mantendo estrito controle de testagem e avaliação médica permanente.