F1: Organizadores confirmam GP da Emilia-Romagna com dois dias de atividades

Confirmada no calendário adaptado da F1, o Grande Prêmio da Emilia-Romagna, que será disputado no Circuito de Ímola na Itália, terá uma programação fora do habitual para pilotos e equipes, segundo informações dos organizadores nesta terça-feira (4). A etapa que será disputada no dia 1º de novembro, contará com dois dias de atividades durante o fim de semana de grande prêmio. O formato contará com uma sessão de treino livre e consequentemente o treino de classificação, no sábado (31 de outubro) e a corrida será no domingo (1º de novembro). Tradicionalmente, os GPS da F1 contam com três dias de sessões, incluindo os treinos e a corrida.

Anteriormente, os organizadores já haviam dito que a etapa italiana seria realizada com dois dias de atividades. Diante disso, a F1 confirmou mudança nos horários do Grande Prêmio. A sessão de treino livre do sábado, será realizado às 10h no horário local (6h de Brasília) e terá 90 minutos de duração. Geralmente, a referida sessão tem 60 minutos de duração e sempre começa ao meio-dia (horário local).

Quanto ao treino de classificação, que normalmente se inicia às 15h nas corridas europeias, começará às 14h (10h de Brasília). No domingo, a corrida terá largada às 13h10 (9h10 de Brasília), duas horas antes do que costuma acontecer nos eventos realizados na Europa.

A adoção desse formato, visa acrescentar um dia a mais para que as equipes possam transportar seus equipamentos desde Portimão em Portugal (onde será disputada a etapa portuguesa), rumo à Ímola na Itália. Além disso, esse formato provisório serve como um experimento a ser analisado para as próximas temporadas, visando reduzir os custos das equipes.

Como anunciado anteriormente, a F1 espera que a temporada revisada de 2020 tenha entre 15 a 18 corridas, terminando na região do Golfo em meados de dezembro, com detalhes finais do calendário de 2020 a serem anunciados nas próximas semanas.

Retorno à F1

Após ficar ausente do calendário da categoria máxima do automobilismo mundial, desde 2006, o Autódromo Enzo e Dino Ferrari, nome dado ao Circuito de Ímola na Itália, foi confirmado no calendário adaptado da F1. A etapa recebeu o nome de Grande Prêmio da Emilia-Romagna, região italiana onde o autódromo está localizado e consequentemente a cidade de Ímola.

A pista já recebeu 27 provas da F1, de 1980 a 2006. Em seu primeiro ano no calendário da categoria, foi palco do GP da Itália, uma vez que o Circuito de Monza passava por reformas. No ano seguinte, foi batizado como “GP de San Marino”, pequeno país encravado na Itália e o regulamento da F1 prevê que os eventos num mesmo país precisam ter uma diferenciação de nome. 

Ao todo 14 pilotos já venceram em Ímola: Michael Schumacher (1994, 1999, 2000, 2002, 2003, 2004 e 2006), Ayrton Senna (1988, 1989 e 1991), Alain Prost (1984, 1986 e 1993), Nelson Piquet (1980 e 1981), Nigel Mansell (1987 e 1992), Damon Hill (1995 e 1996), Didier Pironi (1982), Patrick Tambay (1983), Elio de Angelis (1985), Riccardo Patrese (1990), Heinz-Harald Frentzen (1997), David Coulthard (1998), Ralf Schumacher (2001) e Fernando Alonso (2006).

Acidentes

O Circuito de Ímola ficou marcado na história da F1 pela questão da insegurança, tanto que foi palco de graves acidentes. Dentre eles, está a batida de Nelson Piquet em 1987, onde o impacto fez com que o piloto brasileiro batesse com a cabeça no muro e anos depois declarou que “Depois desse acidente, minha visão nunca mais foi a mesma, e eu perdi uma parte da noção de profundidade”.

Dois anos depois, em 1989, o austríaco Gerhard Berger da Ferrari, bateu de frente no muro da mesma Curva Tamburello a 280 Km/h. A Ferrari se arrastou pelo muro até explodir em chamas e o piloto ficou preso no carro durante 15 segundos. Se a equipe de resgate demorasse mais 6 segundos, Berger teria morrido.

Além disso, a pista foi palco do chamado “Fim de Semana Negro da F1” em 1994, no qual ficou marcado pelas mortes de Ayrton Senna, do austríaco Roland Ratzenberger, do grave acidente que quase vitimou Rubens Barrichello e também pela batida envolvendo o finlandês JJ Lehto, da Benetton e o português Pedro Lamy da Lotus na largada, cujo impacto fez espalhar pedaços de carro na arquibancada e deixou torcedores feridos.




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