O Al Wahda, clube dos Emirados Árabes Unidos, entrou com pedido na FIFA, no qual requer o rebaixamento do Cruzeiro para a Série C do Campeonato Brasileiro, por conta da dívida de R$ 5,3 milhões, referente ao empréstimo do volante Denílson, feito em 2016. A informação sobre o caso foi divulgada pelo presidente da celeste, Sérgio Santos Rodrigues, durante uma assembleia para votar alienação de um imóvel da Raposa, transmitida por live stream na noite de segunda-feira (3).
Por conta do mesmo caso da dívida do Cruzeiro com o clube árabe, a FIFA havia concedido uma punição, na qual fez com que a Raposa iniciasse a Série B com menos seis pontos. A punição foi dada no mês de maio, quando o time mineiro não efetuou o pagamento do valor de R$ 5 milhões (na cotação daquele período), dentro do prazo estabelecido na época, que era dia 19 de maio.
Em discurso dado aos conselheiros do clube, Sérgio Santos Rodrigues, diz que a solicitação feita pelo Al Wahda à Fifa, foi divulgada há duas semanas atrás:
“Temos o problema do Al Wahda, que já causou a perda de seis pontos do Brasileiro. O Al Wahda está pedindo agora a execução do não pagamento, até hoje, destes seis pontos perdidos, que podem acarretar no rebaixamento à Série C. A única punição que pode ter isso, mas nem posso pedir a explicação da gravidade”, declarou o mandatário.
Outras dívidas pendentes na FIFA
Além do caso envolvendo o volante Denílson, o Cruzeiro tem outras quitações de débitos pendentes na entidade máxima do futebol mundial. Segundo o documento apresentado na assembleia pelo presidente Sergio Rodrigues, o time mineiro acumulava até o dia 31 de maio, uma dívida de R$ 70,3 milhões, já contabilizando tributações, como Imposto de Renda e Imposto sobre Operações Financeiras.
Além disso, a nova diretoria celeste quitou uma parte da dívida referente ao atacante Willian, que foi contratado pelo Cruzeiro em 2014, em uma transação junto ao Metalist da Ucrânia. O clube europeu foi dissolvido, e a dívida foi herdada pelo Zorya FC, o que resultou no falecimento do clube ucraniano e até falsificação de documentos. Na época o valor da cotação era avaliado em cerca de R$ 4,4 milhões.
Nas últimas semanas, o Cruzeiro chegou a um acordo com o Independiente Del Valle do Equador, de parcelamento da dívida referente ao Kunty Caicedo, avaliada no valor de R$ 9 milhões. Além disso, o Cruzeiro tem até esta quinta-feira (6) para quitar o débito de R$ 2,3 milhões, junto ao Spartak Moscou da Rússia, referente ao empréstimo do atacante Pedro Rocha em 2019.
Somando todos as ações em tramitação na Fifa, a atual diretoria do Cruzeiro estima um gasto de R$ 2,3 milhões somente com custas processuais.