Grupo de Modelagem Epidemiológica da Covid-19 corrige previsão e estima 2.984 casos acumulados até esta sexta-feira em Juiz de Fora

O novo boletim divulgado pelo Grupo de Modelagem Epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), apresentou alterações referentes ao relatório do período entre 28 de junho e 4 de julho, no qual havia uma estimativa de 3.993 casos acumulados para esta sexta-feira (17) em Juiz de Fora.

Chegou-se à conclusão de que devido aos 626 novos casos confirmados naquele período, o modelo previu 3993 acumulados. Segundo Fernando Colugnati, um dos pesquisadores do grupo, o aumento de casos observados ocorreu principalmente na população economicamente ativa, dos 20 até os 49 anos:

“Muito desses novos testes foram de assintomáticos, pessoas que se testaram por medo e insegurança, não tem como inferirmos exatamente a causa. O fato é que especificamente nessa semana, foram notificados 626 casos, um cenário muito atípico”.

No período entre os dias 5 e 11 deste mês, o grupo chegou a conclusão de que o número real referente aos casos confirmados, é de 370 acumulados, previsão bem menor em comparação à estimativa anterior que era de 626. Por conta disso, os pesquisadores tiveram que adequar as estimativas e chegaram a previsão de 2984 casos acumulados até 17 de julho, mais de 1000 casos a menos que o previsto anteriormente (3.993).

Justificativas da previsão anterior

Segundo o grupo de pesquisa, a razão pela qual justifica o cenário observado, foi a inclusão de qualquer paciente sintomático com 20 anos ou mais, que comparecesse com queixa em algum serviço de saúde pública e por isso, seriam declarados com Covid-19. Para Fernando Colugnati, os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência de que esta coleta ampliada, seja a única causa responsável pelo pico:

“Além da testagem ampliada na UFJF exatamente na semana do dia 27, isso ocorreu também por uma grande demanda de solicitação de exames particulares nas duas semanas anteriores. Isso tudo levou a um pico de casos que não se repetiu na semana posterior (5 a 11 de julho). Então, esse pico foi o que levou ao nosso modelo parecer que tinha subestimado, na previsão anterior, o que ocorreria”.

Outra causa que teria contribuído para o aumento da demanda de testes em laboratórios privados, mesmo nos assintomáticos. Esta é uma hipótese ainda em investigação, que segue junto ao pessoal do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (DVEA) da Prefeitura de Juiz de Fora.




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