“Fernando Alonso retorna à F1”, diz jornal espanhol

O bicampeão de F1, Fernando Alonso, está perto de assinar contrato com a Renault para 2021 e consequentemente retornar à categoria máxima do automobilismo mundial, segundo o jornal espanhol “Marca”. Se confirmada, será a terceira passagem do espanhol pelo time francês, sendo a primeira de 2003 a 2006 (período no qual conquistou seus dois títulos mundiais) e a segunda de 2008 a 2009. 

Segundo o jornal espanhol, Alonso assumirá a vaga deixada pelo australiano Daniel Ricciardo, que acertou transferência para McLaren em 2021. O anúncio do time francês será feito hoje (8), às 13h00 no horário local (08h00 no horário de Brasília), segundo informações do “Marca”. 

Além disso, a Renault aceitou todas as condições exigentes impostas pelo piloto espanhol e o contrato terá duração de dois anos, com direito a mais um ano de renovação. O salário ficaria entre 10 e 12 milhões de euros (R$ 60 a 72 mi) por ano. Seria uma economia para a equipe francesa, que hoje gasta cerca de 20 milhões de euros (R$ 120 mi) com Ricciardo.

Fernando Alonso estreou na F1 em 2001 pela extinta Minardi, tendo como seu melhor resultado um 10º lugar no GP da Alemanha. No ano seguinte virou piloto de testes da Renault e em 2003 foi promovido a titularidade. No mesmo ano, conquistou sua primeira vitória na Hungria, sendo até então o mais jovem a vencer uma prova da F1, com apenas 22 anos de idade, recorde quebrado em 2016 pelo holandês Max Verstappen na época com 18 anos. 

Em 2004 foi mantido na Renault, mas teve cinco abandonos durante a temporada e teve como melhor resultado um segundo lugar na França. Em 2005 o espanhol foi campeão do mundo ao bater o finlandês Kimi Raikkonen, conquistando 7 vitórias em 19 corridas do ano e marcou 133 pontos. Na temporada seguinte foi bicampeão em cima de ninguém menos que Michael Schumacher e venceu 7 das 18 provas do ano com 134 pontos,  encerrando assim seu primeiro ciclo pela Renault.

Em 2007 transferiu-se para a McLaren, em busca do tricampeonato, mas o espanhol teve que lidar com o favoritismo da equipe para o então calouro Lewis Hamilton. Alonso venceu 4 provas e terminou em 3º no campeonato, com 109 pontos, um ponto atrás do campeão Kimi Raikkonen. 

Devido aos problemas internos dentro da equipe inglesa, Alonso acertou sua volta à Renault em 2008, no entanto não repetiu o mesmo sucesso e venceu apenas duas provas, uma delas em Singapura, na qual ficou marcada por um esquema de trapaça feita pelo chefe Flavio Briatore e diretor Pat Symonds. O escândalo ficou conhecido como “Singapura Gate”, na qual o brasileiro Nelsinho Piquet, foi ordenado para bater de propósito e consequentemente trazer o carro de segurança para a pista. Como Alonso havia feito a troca de pneus e reabastecimento antes do acidente, os outros pilotos aproveitaram a presença do carro de segurança para irem aos boxes, no entanto, Alonso se aproveitou da situação e assumiu a liderança, que manteria até o fim. Mesmo assim o piloto espanhol ficou em 5º no campeonato com 61 pontos.

Em 2009 a F1 passou por mudanças no regulamento e a Renault foi uma das equipes que sofreram com a mudança. Com resultados inexpressivos e falta de bom desempenho do carro, Alonso não venceu nenhuma prova e foi apenas o 9º colocado no campeonato com 26 pontos.

No ano seguinte se transferiu para a Ferrari, onde ficou até 2014, vencendo 10 provas e ficou com o vice-campeonato em 2010 e 2012, ambos perdidos para o alemão Sebastian Vettel. Após problemas internos na escuderia italiana, Alonso retornou para a McLaren mas teve sérios problemas com o carro e não venceu nenhuma prova e sequer subir ao pódio.

Deixou o circo da F1 em 2018 e desde então, disputou as 24h de Daytona e de LeMans, além de disputar as 500 milhas de Indianápolis pela Fórmula Indy.




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