O Ministério da Defesa apresentou o balanço das ações promovidas na missão das Forças Armadas de apoio a iniciativas de prevenção e combate à epidemia do novo coronavírus. Segundo o órgão, os militares auxiliaram em frentes diversas, como logística, produção de medicamentos, fabricação de equipamentos de proteção e apoio a populações indígenas.
A operação específica no combate à covid-19 foi iniciada no dia 19 de março, oito dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia mundial envolvendo o novo coronavírus. Foi organizada atuação juntamente a órgãos federais e assistência a estados e municípios por 10 comandos integrados à iniciativa.
Segundo o Ministério da Defesa, a operação mobilizou mais de 30 mil militares. Destes, 20 morreram em função da covid-19 e 7,2 mil foram infectados ao longo do período. No total, foram realizadas mais de 1 mil horas de voo, em viagens para objetivos como o transporte de insumos e medicamentos. Por via rodoviária, foram carregadas 15 toneladas de insumos durante o período.
As Forças Armadas distribuíram 572 mil kits de alimentos a pessoas de menor renda e reforçaram 2,5 mil barreiras sanitárias, adotadas em diversas cidades como forma de evitar a circulação de pessoas diante das medidas de distanciamento social.
Além disso, o Exército contribuiu para o direcionamento da estrutura de produção tanto para a fabricação de insumos e equipamentos de proteção individual quanto para medicamentos. Foram elaboradas 263 mil máscaras cirúrgicas para profissionais de saúde.
Já na área de tratamento, o Exército ampliou a produção de cloroquina. De acordo com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, 1 milhão de unidades, que seriam destinadas originalmente para utilização no combate à malária, já tinham sido fabricadas.
“Recebemos mais insumos, aumentamos a produção e estamos com capacidade de mais de 1,8 milhão [de unidades], mas não distribuídos ainda. Exército não está fazendo de agora, ele aumentou a fabricação”, afirmou Azevedo em resposta a perguntas de jornalistas se o trabalho havia sido encomendado a partir da política do governo de adotar a substância.
A atual gestão do Ministério da Saúde, comandada interinamente pelo general Eduardo Pazuello, mudou o protocolo para que a cloroquina e a hidroxicloroquina sejam recomendadas como alternativa a pacientes com covid-19 também em casos leves, além de ter passado a distribuir o medicamento por meio do Sistema Único de Saúde.
Fonte: Agência Brasil