Em reunião por videoconferência, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou que Austrália e Nova Zelândia, serão os países-sedes da Copa do Mundo Feminina de 2013. Será a primeira vez que o torneio é sediado no continente da Oceania. A dupla-candidatura venceu a disputa contra Colômbia e Japão, na qual o Brasil também esteve presente, mas por questões governamentais decidiu retirar-se da candidatura. Além de ser realizada pela primeira vez na Oceania, a próxima edição da Copa do Mundo Feminina será a primeira com 32 seleções participantes.
A proposta conjunta da Federação de Futebol da Austrália e da Nova Zelândia recebeu 22 dos 35 votos válidos dos membros do Conselho da FIFA na primeira votação, com a Associação de Futebol da Colômbia obtendo 13 votos.
A capitã do time da Austrália, Sam Kerr, diz que disputar uma Copa em casa é a realização de um sonho e que é uma oportunidade de inspirar uma nova geração de Matildas (apelido da Seleção Feminina da Austrália) a jogar futebol:
“A oportunidade de jogar em uma Copa do Mundo Feminina da FIFA em casa é algo com que todos os jogadores de futebol sonham e estou ansioso para ver esses sonhos realidade. Jogar pelas Matildas na Austrália será o destaque da minha carreira e uma oportunidade de inspirar meninas, tanto na Austrália como na Nova Zelândia, e em todo o mundo a jogar futebol. Vimos um grande progresso no jogo feminino e a Austrália-Nova Zelândia levará o jogo a um nível totalmente novo. ”
Já a capitã da Nova Zelândia, Ali Riley, diz que os dois países colocam o futebol feminino em prioridade máxima e que a competição será uma grande oportunidade de colocar as cidades-sedes no mapa do futebol:
“Tendo tido o privilégio de competir em quatro Copas do Mundo Feminina da FIFA, fico muito orgulhoso em saber que teremos a oportunidade de mostrar nossas instalações de classe mundial, uma equipe dedicada acampamentos e colocar nossas cidades anfitriãs impressionantes no mapa. Ambos os países colocaram o futebol feminino como uma prioridade – mostrando o verdadeiro compromisso com o crescimento do jogo – e a hospedagem em 2023 continuará com esse legado ”.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, afirma que a escolha dos dois países para receberem o torneio, proporcionará o crescimento cada vez maior do futebol feminino pelo eixo Ásia-Pacífico e também na igualdade de gênero:
“Somos líderes não apenas no futebol feminino, mas na jornada para alcançar a igualdade de gênero dentro e fora do campo. Conseguimos igualdade de remuneração para as seleções nacionais femininas e isso é algo de que temos muito orgulho. Este torneio proporcionará uma oportunidade de aumentar o futebol feminino em toda a Ásia-Pacífico e além, e mostraremos o jogo das mulheres como nunca antes ”.
Já o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, afirma que será uma honra receber as 32 seleções, bem como ser co-anfitrião do torneio:
“Sendo o lar de mais de 200 culturas, todas as 32 equipes experimentarão esse sentimento de jogar na frente de uma multidão em casa, com os maiores jogos disputados nos maiores estádios. Australianos e neozelandeses são apaixonados por nosso esporte e futebol e seria uma honra sediar o maior evento esportivo feminino do mundo. ”
O que dizem os presidentes das federações
A Presidente do Futebol da Nova Zelândia e Membro do Conselho da FIFA, Johanna Wood, relata que o futebol permite não apenas abrir fronteiras, mas lutar pela igualdade de gêneros:
“O futebol feminino é muito mais que um jogo para nós; é uma prioridade social. Estamos orgulhosos do papel que estamos desempenhando para tornar a igualdade de gênero uma realidade, incluindo remuneração igual para nossos homens e mulheres. Futebol é a língua que todos falamos; é o jogo que conecta todos nós e tem o poder de mudar vidas. Esperamos que amanhã seja o começo de nossa emocionante jornada com a família FIFA – uma jornada que verá o jogo das mulheres entrar em um novo e inovador capítulo de crescimento”.
Já o presidente da Federação Australiana de Futebol, Chris Nikou, relata que os comitês organizadores estão orgulhosos por receber a maior média geral na pontuação da FIFA e garante que o país está preparado para receber as jogadores e torcedores:
“No centro de tudo o que fazemos, estarão os maiores jogadores de futebol do mundo, atuando no centro do palco. Estávamos orgulhosos de receber a maior média geral de pontuação no recente Relatório de Avaliação da FIFA e estamos confiantes de que nossos estádios modernos e instalações de futebol de primeira classe garantirão a melhor preparação para todas as equipes. Nossos três centros de viagens significam tempos de viagem curtos para jogadores e torcedores, enquanto nosso inverno ameno no hemisfério sul garante condições ideais de jogo. Além disso, nossas 200 culturas farão com que cada equipe se sinta em casa. Juntos, tornaremos o futebol o esporte número um em nossos países e deixaremos um legado profundo na região da Ásia-Pacífico e além, criando história com a família do futebol”.