Devolução de respiradores e importância do isolamento são tema na coletiva da Saúde

Um dos assuntos destacados na coletiva virtual de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) nesta terça-feira (19), na Cidade Administrativa, foi a recuperação dos 428 respiradores recolhidos pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), sendo que 127 já estão prontos para devolução aos municípios de origem. Participaram da entrevista o secretário adjunto de Saúde Marcelo Cabral e do subsecretário de Políticas e Ações em Saúde Marcílio Magalhães.

Segundo Cabral alguns dos aparelhos já recuperados serão entregues pelo governador Romeu Zema ao município de Teófilo Otoni, ainda nesta terça-feira. “O objetivo é preparar a rede para que possamos enfrentar essa doença da melhor forma possível e preservar o maior número de vidas”, afirmou o secretário adjunto.

Atualmente, Minas Gerais conta com 4.654 ventiladores pulmonares registrados no SUS. Desse total, 2.100 aparelhos encontram-se nas UTIs da rede SUS. As demais unidades de respiradores estão alocadas em ambulâncias, clínicas, policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

O Governo de Minas também adquiriu outros 1.047 respiradores, em uma compra que totaliza cerca de R$ 51 milhões. A operação foi possível graças à atuação conjunta do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) e da Advocacia-Geral do Estado (AGE), do Ministério Público Federal e da 12ª Vara da Justiça Federal em Belo Horizonte, que permitiu a destinação de recursos atribuídos em juízo pela Samarco, em ação relacionada ao rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana.

Isolamento

Ao reforçar a importância do isolamento, Marcelo Cabral reafirmou que a data prevista para o pico da doença no estado é 9/6. “Essa é uma estimativa para que, com o trabalho de distanciamento social que estamos fazendo até agora, sejamos capazes de preparar o sistema de Saúde para que ele tenha condições de atender os pacientes que necessitem de internações, diminuindo, assim, as perdas”, disse. O secretário adjunto reforçou que o Estado conta com os esforços e cuidados da sociedade para que isso ocorra.

Além disso, Cabral relacionou a retomada da economia à manutenção dos níveis de isolamento adequados. “O Minas Consciente não se trata de um programa de flexibilização, mas sim uma diretriz para orientar sobre o isolamento social adequado. É importante retomarmos as atividades econômicas, mas isso deve ser feito de modo ordenado, responsável, seguindo os protocolos e com base em evidências científicas para a manutenção da saúde e da vida”, ressaltou.

Estruturação 

O subsecretário de Políticas e Ações em Saúde, Marcílio Magalhães, destacou que há protocolos e planos de contingências macrorregionais para definir como são feitos os atendimentos de pacientes que estão nos hospitais para tratar outras doenças, que não a covid-19. “Todo o nosso planejamento é para evitar o contato dessas pessoas com pacientes confirmados para a doença. O Hospital Mário Penna, que também será ponto de atendimento da covid-19, é um exemplo dessa reestruturação. Foi construída uma parte reservada na instituição que inviabiliza totalmente o contato dos casos confirmados com os pacientes oncológicos”, explicou.

Além da estruturação da rede, Marcílio também falou sobre as notificações e reforçou que monitoramentos de exames, novos casos e leitos são obrigatórios e definidos por legislações ministeriais. “ Hospitais públicos e particulares, além da rede de laboratórios, devem notificar casos confirmados ou suspeitos da covid-19. Esses dados nos auxiliam na avaliação assistencial da evolução da epidemia”, disse.

 

Fonte: Agência Minas




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