Com o avanço da epidemia do Covid-19 em boa parte do mundo, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio, junto com executivos, admitiram nesta segunda-feira (23), o adiamento para uma nova data de realização das Olimpíadas, no entanto negaram qualquer possibilidade de cancelamento.
Durante uma entrevista coletiva, o Presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, comentou sobre os próximos passos a serem tomados, quanto à realização dos jogos:
“O adiamento não é nosso primeiro curso de ação, mas também não podemos considerá-lo uma opção realista”, disse Mori em entrevista coletiva na segunda-feira, descartando a idéia de cancelar o evento por completo” comentou.
O Presidente declarou que a situação do Covid-19 no Japão foi estabilizada. No entanto as autoridades locais estão em alerta sobre a situação de outros países:
“Não podemos deixar nossa guarda baixa sobre isso, especialmente porque nos Estados Unidos, Europa e novas áreas estão sob situações extremas agora. Entendemos isso, ouvimos muitas opiniões, de muitos países, sobre realizar os Jogos como planejado inicialmente. Não somos tolos”.
Delegações se retiram dos jogos
Nesse domingo (22), o Comitê Olímpico do Canadá (COC), anunciou a retirada de todos os atletas que disputariam as Olimpíadas e as Paralimpíadas, em decorrência do Covid-19. Estes pedem que os jogos sejam realizados em 2021.
No entanto os canadenses ganharam um aliado perante à situação. Nesta segunda-feira (23), a delegação da Noruega anunciou boicote às Olimpíadas, caso os jogos não sejam adiados. Ao contrário da delegação canadense, a Noruega considera enviar seus atletas para Tóquio, mesmo que os jogos sejam realizados no fim deste ano.
A Austrália já pediu aos seus atletas que se preparem para a Olimpíada de 2021. O Brasil reforço o grupo de países que pedem pelo adiamento dos Jogos, mas não fala em boicote caso o COI mantenha a programação inicial, uma possibilidade cada vez mais improvável.