Em ano olímpico, Brasil e Japão assinam acordos de cooperação no setor esportivo

A poucos meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, Brasil e Japão estreitaram laços e reforçaram ações de cooperação para aproximar os setores esportivos das duas nações. Nessa segunda-feira (10), o Ministério da Cidadania e a Embaixada do Japão assinaram dois termos de cooperação que promovem o intercâmbio esportivo entre os países.

A assinatura foi realizada pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra, e pelo embaixador Akira Yamada no evento Tóquio 2020 – O intercâmbio esportivo Japão-Brasil. O primeiro memorando permitirá um intercâmbio de boas práticas esportivas entre os países, como troca de experiências entre profissionais do esporte, realização de cursos de treinamento, aperfeiçoamento de programas de inclusão social, reforço em ações de combate à dopagem e promoção da participação de idosos e pessoas com deficiência nas práticas desportivas.

“Essa cerimônia é uma continuidade dos bons resultados que obtivemos nos Jogos Rio 2016, além de retratar a parceria histórica que temos com o Japão. Tenho certeza de que essa colaboração será útil para aprofundar nossos vínculos e para aprendermos com o povo japonês”, afirmou Osmar Terra. O ministro lembrou que o Japão é um dos principais parceiros econômicos do Brasil, além de abrigar a terceira maior comunidade brasileira fora do país. No Brasil, vivem mais de 2 milhões de japoneses e descendentes e no Japão são 200 mil brasileiros.

O secretário especial do Esporte, Décio Brasil, falou do centenário Olímpico comemorado em 2020. “Nós, aqui, sabemos como é importante esse evento e como os Jogos Olímpicos contribuem para difundir o esporte. Desde 2016, o Brasil evoluiu muito o seu desempenho esportivo e estamos confiantes para Tóquio 2020”.

O embaixador do Japão, Akira Yamada, falou do apreço que tem pelo Brasil e pelos brasileiros e ressaltou a potência verde e amarela no setor esportivo.  “Sou fã de equipes brasileiras e quero ver uma final de Japão e Brasil no futebol e no vôlei. Os brasileiros são ótimos e essa parceria vai acrescentar muito para ambos os países aprimorarem suas equipes”, disse.

 

O judô no currículo escolar

 

O segundo termo de cooperação assinado no evento tem como intuito promover o ensino de judô na escolas brasileiras. Yamada lembrou que o judô é uma modalidade originalmente japonesa, mas que o Brasil é o país com mais judocas em todo o mundo. “O judô é um esporte que traz, além do condicionamento físico e benefícios para a saúde, os valores internos, como disciplina e respeito”, afirmou.

O acordo prevê o intercâmbio de mestres de judô brasileiros e, também, a presença do ensino de judô nas escolas públicas nacionais. Segundo Osmar Terra, o objetivo “é formar melhores cidadãos e também, quem sabe, futuros medalhistas de tatame.”

Para Terra, a troca de experiências é enriquecedora e beneficia os dois lados. “A paixão japonesa pelo futebol se mostra tão profunda quanto a nossa pelo judô. Não por acaso o nosso maior número de medalhas conquistadas em Olimpíadas é justamente no judô. Nós temos essa troca de potencialidades, e esse intercâmbio garante isso”.

Décio Brasil lembrou da cooperação entre os dois países que permitiu, desde 2017, a capacitação de 1,5 mil professores brasileiros de judô pela metodologia japonesa. O secretário ainda ressaltou que o judô é uma das modalidades mais presentes nos programas sociais do ministério.

“Atualmente temos quase 35 mil pessoas beneficiadas pelo judô nas ações da Secretaria Nacional de Esporte, Educação, Lazer e Inclusão Social. No Bolsa Atleta, são 306 contemplados que correspondem a um investimento de R$ 6 milhões do Ministério da Cidadania”.

A senadora Leila Barros falou em nome do Congresso Nacional e salientou a importância do esporte voltado ao âmbito educacional. “Precisamos trabalhar o esporte lá na base, pois ele é um importante instrumento de educação. O alto rendimento é importante e os nossos atletas merecem ser valorizados, mas não podemos esquecer de trabalhar o esporte em âmbito educacional, oferecendo um esporte de qualidade às nossas crianças e jovens”. A senadora parabenizou o ministro Osmar Terra e o embaixador Yamada pelo acordo e pela iniciativa.

Também estiveram presentes à cerimônia os deputados federais Júlio Cesar Ribeiro e Expedito Netto e representantes da Confederação Brasileira de Judô (CBJ).

 

Perspectivas para Tóquio 2020

 

Após a assinatura dos termos, foi exibido o vídeo de apresentação dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020. O vice-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Marco La Porta, falou da expectativa da equipe brasileira.

“Este é um ano importante e cheio de desafios. Os Jogos Rio 2016 nos colocaram em um patamar das principais potências olímpicas do mundo e queremos manter ou elevar isso. O nosso objetivo estratégico é melhorar o resultado das Olimpíadas de 2016 e estamos trabalhando incansavelmente para isso”. La Porta ainda falou do judô e salientou a possibilidade do aumento de medalhas na modalidade.

Para o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Mizael Conrado, os Jogos Paralímpicos representam as maiores bandeiras do esporte: a superação e a inclusão. “O esporte é uma das maiores ferramentas disponíveis para a inclusão das pessoas na sociedade. Ele reabilita um indivíduo com deficiência e resgata a sua autoestima, além de mudar a percepção da sociedade diante das pessoas com deficiência. O esporte é fundamental”, disse.

 

Fonte: Assessoria




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