Entre 25 de agosto e 6 de setembro será realizada, em Tóquio, no Japão, a maior edição dos Jogos Paralímpicos de todos os tempos em termos de performances esportivas. Ao todo, serão 539 cerimônias de premiação em 22 modalidades que mobilizarão cerca de 4.400 atletas. A estimativa é de que a delegação brasileira seja composta por 415 pessoas entre atletas e comissão técnica. Até o momento, o Brasil já assegurou 117 vagas em 14 modalidades.
Em seu Planejamento Estratégico, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) estabeleceu como meta permanecer entre as dez principais potências do planeta. O objetivo para Tóquio 2020 é participar com ao menos 18 modalidades e conquistar de 60 a 75 medalhas.
Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil conquistou 72 medalhas: 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze. O resultado, com o maior número de láureas já conquistadas pelo país em uma edição dos Jogos, deixou a delegação brasileira na oitava colocação no quadro geral de medalhas.
A Seleção de futebol de 5 foi a primeira a carimbar o passaporte para a capital japonesa, em junho de 2018, na Espanha, ao tornar-se campeã mundial pela quinta vez. Em seguida, foi a vez do goalball se garantir nos dois naipes. Na Suécia, o time masculino foi campeão mundial, enquanto o feminino ficou com o bronze. Ainda em 2018, o ciclismo de pista e de estrada garantiram quatro vagas no total, obtidas por meio do ranking mundial.
A primeira vaga conquistada em 2019 veio com o tiro esportivo, na etapa de Al Ain da Copa Mundo da modalidade, nos Emirados Árabes Unidos.
Nos Jogos Parapan-Americanos de Lima, a delegação realizou uma campanha histórica. O Brasil alcançou a inédita marca de 308 medalhas, sendo 124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Foi também no Parapan que as Seleções masculina e feminina de vôlei sentado garantiram vaga em Tóquio, ao arrematarem ouro e prata, respectivamente. Cinco atletas do tênis de mesa também conquistaram as únicas vagas nominais até então: Carlos Carbinatti (classe 10), Danielle Rauen (classe 9), Luiz Manara (classe 8), Paulo Salmin (classe 7) e Joyce de Oliveira (classe 4).
A performance brasileira durante os mundiais de 2019 foi decisiva para crescer o tamanho do grupo. Em junho, o tiro com arco garantiu a primeira vaga, no campeonato que aconteceu na Holanda. Na Hungria, em agosto, a canoagem somou mais quatro vagas. No mesmo mês, na Áustria, foi a vez de o remo assegurar três postos.
No Mundial de Natação, em Londres, na sequência após o Parapan de Lima, os nadadores arremataram sete vagas. Já em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em novembro, o atletismo conquistou 35 vagas, 23 masculinas e 12 femininas. Antes disso, a modalidade já tinha garantido outra vaga no Mundial de Maratona, em Londres.
A bocha garantiu nove das dez vagas disponíveis para os Jogos durante a etapa das Américas da BISFed, no CT Paralímpico, em São Paulo.
Novas modalidades
Em Tóquio, duas modalidades vão estrear no programa paralímpico: o parabadminton e o parataekwondo. Ambas estrearam também nos Jogos Parapan-Americanos de Lima. Na capital peruana, o parabadminton conquistou sete medalhas (três ouros, três pratas e um bronze). O parataekwondo arrecadou cinco (dois ouros, duas pratas e um bronze). O parataekwondo já tem vaga garantida em Tóquio, pelo ranking da federação internacional.
Na reta final de preparação, o Brasil terá um período de aclimatação, a partir de 3 de agosto, em Hamamatsu, cidade localizada na província de Shizuoka, 260 km ao sul de Tóquio. Com cerca de 790 mil habitantes, Hamamatsu abriga a maior colônia brasileira no Japão, o que motivou o município a interessar-se em receber a delegação nacional.
As modalidades que usarão a cidade para preparação são atletismo, bocha, canoagem, esgrima em CR, futebol de 5, goalball, halterofilismo, judô, natação, remo, parabadminton, paratekwondo, tênis em CR, tênis de mesa, tiro com arco, triatlo e vôlei sentado.
Fonte: Assessoria