Juiz-foranos voltam às ruas para ato pela educação

Assim como ocorre em todo o país, os juiz-foranos também voltaram às ruas nesta quinta-feira, 30, em novo ato pela educação. Segundoa União Nacional dos Estudantes (UNE), principal responsável pela convocação nacional para a manifestação nesta data, a previsão era de mobilizações em mais de 140 municípios do país, realizando atos em defesa da educação e da universidade pública. Em Juiz de Fora, a movimentação foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e pela União Colegial de Minas Gerais (UCMG), contando com o apoio de vários sindicatos, como o de professores das redes pública, federal, estadual e municipal, e privada, dos técnico-administrativose diversos movimentos sociais. Além disso, também estavam previstos atos no exterior.

Está é a segunda vez, o primeiro foi em 15 de maio, que são realizados atos em vários cantos do país em defesa de manutenção de recursos para o ensino superior.A mobilização nacional é contra o bloqueio do repasse de verbas para educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC), com corte de 30% no orçamento de 2019 para todas as universidades e institutos federais de ensino do país. Além disso, ambos os atos também representaram manifestação contrária à possibilidade de extinção da vinculação constitucional que assegura recursos para o setor, a proposta de reforma da Previdência e o atual governo de Jair Bolsonaro (PSL).

Na cidade, a manifestação teve início às 16h na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os estudantes convocados pelo DCE se reuniram na Praça Cívica da instituição para dar início ao ato e, posteriormente, caminharam da UFJF em direção a região central da cidade. Desta vez, a organização decidiu passar pelo Bairro Dom Bosco e a Avenida Olegário Maciel. Conforme o diretório, este ato tem como objetivo conscientização da população.

Foto: Rafaela Frutuoso

Durante o percurso, foram feitos diversos gritos de ordem contra as ações do presidente e favoráveis a educação.“É importante voltar às ruas com a gente se manifestando contra o absurdo desses cortes na educação. O único caminho para melhorar esse país é através da educação e se a gente deixar isso acontecer estamos sendo conivente com essa situação. Nós vamos para as ruas, vamos gritar e fazer mudar isso”, disse Iara Alice, turismóloga.

No início da noite, o grupo que descia da UFJF sentido centro, chegou ao Parque Halfeld onde se encontrou com outros grupos como representantes de sindicatos e coletivos. Eles discursaram, em um carro de som, em defesa das pautas do ato. Em seguida, todos os presentes seguiram em direção à Avenida Barão do Rio Branco, no sentido do Bairro Manoel Honório, passando pela Floriano Peixoto, Avenida Getúlio Vargas e desceram a via no sentido da Praça da Estação.

Apenas os docentes municipais da Prefeitura de Juiz de Fora paralisaram nesta quinta e, de acordo com o Sindicato dos Professores, sendo que quase 90% dos docentes municipais aderiram à paralisação. Conforme os organizadores, o segundo ato é uma movimentação para uma mobilização maior, que vem sendo chamada de “Greve Geral”, marcada para o dia 14 de junho, contrária às mudanças previdenciárias defendidas.




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