Audiência pública discute a importância da cadeia produtiva do leite em Juiz de Fora

Na última quarta-feira, 22, o plenário da Câmara recebeu uma audiência pública sobre a cadeia produtiva do leite e derivados em Juiz de Fora.  O vereador Marlon Siqueira (MDB) proponente da audiência, explicou que o objetivo da audiência foi traçar um panorama sobre a produção de leite na cidade, mostrando dados numéricos e programas de incentivo. “Mesmo com o programa da prefeitura que funciona há 24 anos, uma grande parte dos produtores ainda está desassistida, o número ainda está aquém do que deveria ser. Trouxemos essa discussão para a Câmara para que a população também esteja ciente da importância do produtor rural.” Representantes da Embrapa, Sindicato dos Produtores Rurais, Sebrae/MG, Pró-Leite, UFJF e secretários municipais de Governo e Agropecuária e Abastecimento, também participaram da audiência.

O representante da Embrapa, Claudio Napolis Costa, observou que atualmente são produzidos 63 mil litros de leite por dia em Juiz de Fora, totalizando 22 milhões por ano. Ele citou que em virtude dessa produção, há em torno de sete laticínios atuando na região, gerando renda e movimentando a economia. O secretário de Governo, Carlos Alberto Ramos de Faria, observou que o produtor fornece o leite para o laticínio por um preço que gira em torno de R$ 1,30 a 1,50 por litro e que é necessário incentivar o agronegócio, um dos pilares da economia do país.

O Secretário de Agropecuária e Abastecimento, Rômulo Veiga, expôs as ações de apoio que a prefeitura vem implementando, com a captação de recursos junto ao Ministério da Agricultura. Segundo ele, no último ano, a prefeitura recebeu cerca de 2 milhões de reais para aquisição de dois caminhões, um trator agrícola e uma retroescavadeira, além de equipamentos para infraestrutura na zona rural, visando escoar a produção.

Ainda entre os projetos da prefeitura, o representante do Programa Municipal de Aumento da Produtividade das Propriedades Leiteiras (Pro-Leite), Frederico Simões de Carvalho, expôs as estatísticas do programa, que já dura 24 anos e atualmente atende 229 produtores, sendo 80% da agricultura familiar.

O analista do Sebrae, Tarcísio Fagundes, falou sobre o programa Educampo, modelo de assistência gerencial para grupos de produtores de uma mesma atividade econômica. Atualmente em Juiz de Fora o Educampo funciona com uma parceria na qual o laticínio divide o custo do programa com o produtor. Para a empresa os benefícios são a aproximação com o seu fornecedor, conhecendo o ritmo de produção, quantidades previstas, reduzindo as incertezas em torno do negócio. Tarcísio falou também sobre as possibilidades do turismo rural. “Quando o produtor associa outras atividades na mesma propriedade e segue com com seu negócio normalmente, gerando renda e agregando a mão de obra de outros membros da família nas atividades”, finalizou.

O presidente do Sindicato Rural, Domingos Frederico Neto, explicou sobre o acompanhamento que é feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar, que além do curso de bovinocultura de leite, também oferece cursos de produção de legumes e verduras, olericultura, haja vista que 75% das hortaliças consumidas em Juiz de Fora vem do estado do Rio de Janeiro. Além dos cursos, o Sindicato oferece também o programa de Assistência Técnica Gerencial (ATG), com duração de 3 anos, no qual os produtores recebem uma visita mensal dos técnicos para otimizar a gestão.

 

Fonte: CMJF




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