Arnaldo Niskier

A comemoração dos primeiros 50 anos do Centro de Integração Empresa-Escola do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, transformou-se numa festa muito bonita. Sob o comando de Marivaldo Tumelero e Luís Carlos Eimael, o CIEE-RS recebeu os seus co-irmãos de todo o Brasil. Tivemos o privilégio de falar em nome dos demais, para saudar a data, em meio a uma festa que contou com a participação da Orquestra Jovem do Rio Grande do Sul, numa primorosa exibição.

Ao falar na efeméride, pude exaltar os feitos dos gaúchos, que em sua existência ultrapassaram os 2,3 milhões de estagiários e aprendizes, só sendo superados pela performance do CIEE-SP.

Na ocasião, o presidente Tamelero disse que a entidade, só com o Programa Aprendiz, iniciado em 2009, alcançou o número de 44 mil jovens colocados no mercado de trabalho. “Hoje, temos 10 mil aprendizes e estamos aumentando esse número, assim ampliando o que chamamos de oportunidades infinitas de trabalho e estágios.” Além disso, destacou o Programa junto ao governo do Estado, o Pode, que trabalha com jovens que já cumpriram o seu período na Fase e voltam para casa.”

Atualmente, o CIEE-RS conta com 10 unidades regionais de atendimento nos 497 municípios gaúchos e possui contato com mais de 50 mil empresas conveniadas e 2 mil instituições de ensino conveniados. É um exemplar compromisso comunitário, valendo-se de um notável empenho educacional, para ampliar a competência de jovens e adultos em busca de oportunidades de emprego.

Na ocasião, exaltei a simbologia das três bandeiras entrelaçadas no belo teatro do CIEE-RS. O Brasil, o Rio Grande do Sul e o CIEE uniram-se para trabalhar pelos jovens – e o resultado tem sido primoroso.

Sem esquecer que a força motriz desse elogiável empenho situa-se na educação – e nos cuidados que são devidos a essa importante prioridade. “Hoje, na TV, o governo federal anunciou um corte de 30% nos recursos financeiros de universidades federais. Nada mais triste do que verificar essa ocorrência, que vai na contramão do que é necessário, para um país com tantas e tão assinaladas carências. Nesse momento, houve aplausos do numeroso público presente.

Disse mais: “Já alcançamos o milagre da universalização do ensino elementar, mas com uma precária qualidade. No ensino médio temos mais de 3 milhões de jovens fora da escola. É um panorama lamentável.” Tive o ensejo ainda de proclamar a necessidade de valorizar, em todos os sentidos, a formação de professores, com o reconhecimento devido e salários compatíveis. O público mais uma vez reconheceu o acerto dessas colocações.

Foi uma noite memorável, para todos que dela participaram. Desejei, de coração, no mínimo, mais 50 anos de vida útil ao CIEE-RS.




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