Conflitos nos condomínios…

Nos nossos encontros para estudos verificamos que reclamações de vizinhos inconvenientes e síndicos despreparados para o cargo dispararam de uma forma assustadora. Segundo alguns participantes do grupo, torna-se necessário que os síndicos busquem conhecimento não só das leis, mas, também de mediação de conflitos em condomínios. Segundo eles, os principais motivos têm sido a perturbação do sossego, caracterizado por ações de emitir som alto, chegando ao extremo da prática de “sexo escandaloso”, com uso de palavras obscenas durante a relação, discussão de casais, moradores que promovem muita festa ou até os que usam karaokê nos apartamentos. Outros, porém, não se respeitam e praticam atos contrários às normas do condomínio. Foi ainda observado que síndicos não têm uma posição firme e que se tornam omissos, por desconhecerem as leis, não se comunicam com os moradores, que não são informados de obras e outras ações onde os condôminos só tomam conhecimento quando recebem os boletos com a famosa “taxa extra” ou percebem o uso indevido do fundo de reserva.

Na nossa modesta visão todos conflitos que ocorrem em condomínios são decorrentes da má gestão condominial, uma vez que o síndico não tem conhecimento do papel do síndico, principalmente o papel de conciliador. Com relação a outros conflitos citamos dois mais comuns, que são obras nos apartamentos, onde os que realizam obras nos domingos e feriados, à noite, não respeitam o horário. Outro ponto de conflito, são os moradores que saem, deixam o cachorro sozinho, o animal além de latir, fica correndo dentro do apartamento.

Existem alguns passos para redução dos conflitos, mas, lembro que se o síndico não mantém um diálogo com os moradores, não respeita o direito dos mesmos, não usa das Assembleias Gerais Extraordinárias, onde possa praticar a empatia, colocando no lugar dos moradores para compreender melhor a situação. Ao dar sugestão nunca coloque a sua posição como única possibilidade, permita que todos possam falar. Pratique a calma não adianta tentar resolver o problema sem uma avaliação que possa ter uma solução que atenda a todos, onde cada um possa ceder e ganhar. O síndico deve lembrar que é preciso ter provas e uma visão real dos fatos, pois, sem isso torna-se difícil atuar de forma imparcial.

O síndico como líder, deve ser justo, firme, exigente, mas ao mesmo tempo não pode se esquecer que deve ser generoso, educado e gentil. Nada justifica num síndico ou gerente de qualquer nível a falta de educação e gentileza e mesmo ausência de gentileza e ausência de generosidade, que se traduz numa posição de conciliação entre as pessoas, para que elas possam compreender a realidade da situação concreta. Há pessoas que acreditam ser incompatíveis a solução de problemas, a firmeza e a exigência com a amabilidade e a polidez no trato com as pessoas. Essas pessoas confundem o pecado com o pecador, o erro com a pessoa. É importante observar que muitos problemas têm como causa a falta de comunicação. Sei e entendo que não é fácil, mas quem disse que ser síndico líder é fácil.

Assim, o respeito é fundamental e o respeito passa pela generosidade, educação e gentileza.

Até o próximo.




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