Uma Representação solicitando a ampliação da cobertura oferecida pelo SUS para o Teste do Pezinho, será encaminhado ao Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em caráter de urgência. O pedido foi elaborado pelo vereador José Fiorilo (PTC).
De acordo com o texto da Representação o exame que o SUS oferece identifica apenas seis doenças, e para fazer os testes disponibilizados na rede particular o custo é alto para a grande maioria dos brasileiros. Ele solicita que seja disponibilizado no Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), do Ministério de Saúde, um Teste do Pezinho que rastreie maior número de doenças, pelo menos atingindo o Teste Plus, que abrange 23 doenças.
O exame deve ser feito entre o segundo e o quinto dia de vida, colhendo o sangue do calcanhar da criança, por ser uma região com grande irrigação sanguínea, além de avaliar as substâncias ausentes ou em excesso no organismo dos recém-nascidos, o que pode sinalizar para o diagnóstico de doenças raras que causem problemas no desenvolvimento da criança.
Pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para ser considerada doença rara a patologia deve atingir uma a cada 65 mil pessoas, ressaltando que no Brasil 13 milhões de pessoas convivem com alguma doença rara, sendo cerca de 10 milhões de crianças.
O Teste do Pezinho é um tipo de triagem feita por rastreamento neonatal de crianças portadoras de doenças que devem ser diagnosticadas e tratadas o mais precocemente possível. As sequelas podem ser evitadas com o tratamento imediato, como no caso do Hipotireoidismo Congênito (HC) e a Fenilcetonúria (PKU). Também podem ser reduzidas as taxas de mortalidade no caso da Anemia Falciforme e da Fibrose Cística (FC), por meio de cuidados básicos de saúde e com o diagnóstico precoce.
Fonte: CMJF