No período da Quaresma, muitos católicos seguem à risca a tradição de não se comer carne vermelha durante os 40 dias até a Páscoa. Nesta época do ano, é comum um aumento na movimentação nas peixarias na busca pelos peixes para completar o cardápio.
Os produtos com preço mais em conta, como sardinha e cavalinha, estão entre os mais procurados. A expectativa dos comerciantes é que essa demanda seja ainda maior durante a Semana Santa.
Segundo a Nutricionista Adriana Macedo Vargas, o peixe nos favorece em questões de digestibilidade e pelo número de minerais. “O peixe é uma proteína de origem animal. O tecido conjuntivo do peixe é flexível então é de fácil digestão. A digestibilidade, a absorção de todas as proteínas que o peixe propõe seria de muito mais fácil aceitação para todas as idades, para todas as etapas da vida”, explica. Os peixes são uma das melhores fontes de ácidos graxos ômega-3, importantes para o funcionamento do corpo e do cérebro. “Fora selênio, zinco e magnésio que são minerais importantíssimos para os ossos e músculos, tecido conjuntivo, para a parte do cabelo, para a parte dermatológica. A quantidade de antioxidante do peixe é mais elevada do que na carne vermelha, que tem maior quantidade de proteína, mas uma dificuldade que seria a digestibilidade e outras coisas mais”, comenta.
Na hora de escolher o produto, surgem várias dúvidas sobre o pescado ideal. A Nutricionista Adriana dá algumas dicas para que os consumidores não errem no momento da compra. “Particularmente eu não gosto de comprar peixes congelados porque o método de congelar o peixe passa por processos em que perdemos alguns nutrientes, não vão estar adequados. A parte da fibra fica esfarelada e eu não consigo executar meu preparado de forma eficiente”, orienta. Adriana diz que sempre busca por peixaria com peixes frescos. “Aí vou manter uma amizade com o proprietário ou com o vendedor e entender como é o percurso desse produto. Também manejo o visual, olfativo daquele peixe na hora e vejo as guelras, as escamas se estão soltando com facilidade, observa o olho do peixe quando comprado inteiro”, orienta. Ela ainda fala que ao optar por comprar o peixe já cortado deve-se basear na confiança. “Já está cortado, já está manipulado e você não tem mais informação de como estava aquele peixe”, disse.
Ao escolher qual tipo de peixe comprar a nutricionista reforça a importância dos produtos seremcomprados em locais confiáveis para que o consumidor possa saber informações sobre o alimento. Alguns tipos citados por Adriana são a truta, o dourado, a tilápia, a garoupa, salmão, sardinha e merluza. “Os indicados dependem da região em que você está. Os que eu falei são perfeitos e tem a quantidade de fósforo, vitamina D e cálcioexcelentíssima para as funções cerebrais, sinapse nervosa”, disse. Adriana também indica frutos do mar como opção, sendo uma delas o camarão como uma possível escolha, mas faz uma ressalva quanto ao consumo pelas crianças caso não tenha atestado a alergia a esse alimento. No geral, para os pais, Adriana orienta que “a partir do momento que a criança passou a sair do leite e entrou na proteína o peixe já seria uma das opções. É importante que o primeiro local de entrada seja em casa para que possa observar se a criança tem ou não alguma alergia”, explica. Quanto aos problemas com espinha, a nutricionista aconselha o cação como melhor opção para o cardápio das crianças.
Conforme explica a Nutricionista Adriana Macedo Vargas, “algumas patologias específicas vão impedir o consumo de peixe, alguns pacientes renais crônicos e temos que tomar muito cuidado quanto a isso exatamente pelo elevado número de minerais. Alguns tipos de alergia específicos, por exemplo, as toxinas e infecções alimentares severas por mau cozimento e origem duvidosa. O peixe é um produto de elevada toxina e muito alergênico e se a pessoa tiver uma propensão a alergia é preciso ficar muito atento e evitar fazer esse consumo na rua”, conclui.