Na manhã desta sexta-feira, 8, após o alerta da sirene que monitora a barragem da Vale, cerca de 500 moradores do município de Barão de Cocais, que fica a 80km de Belo Horizonte, foram retirados de suas casas.
Em nota publicada através do Facebook, a Prefeitura de Barão de Cocais informou que “diante de observações e monitoramento realizados pela Agência Nacional de Mineração (ANM), Defesa Civil do Estado e do município, e pela empresa Vale, foi acionado o Nível 2 de risco na barragem Sul Superior da Mina do Gongo Soco”, publicou. Ainda segundo a nota, a informação até esse instante é de um desnível na estrutura. Por esse motivo, seguindo as recomendações repassadas pelos entes responsáveis e pela mineradora, os moradores da comunidade do Socorro e adjacências estão sendo evacuados neste momento por ônibus da Vale e demais veículos de apoio”, acrescentou no comunicado.
Ainda na nota, a Prefeitura comunicou que o evacuamento está sendo realizado por precaução e que os moradores estão sendo encaminhados para o Ginásio Poliesportivo da cidade, onde serão temporariamente abrigados.
MAIS UM CASO
Além do alerta no município de Barão de Cocais, cerca de 200 pessoas de Itatiaiuçu, a 80 quilômetros de Belo Horizonte, moradoras do bairro de Pinheiros, foram retiradas de suas casas por volta das 4h desta sexta-feira após soar a sirene que monitora a barragem de rejeitos de Serra Azul da empresa ArcelorMittal no município.
Em nota, a ArcelorMittal informou que a decisão de evacuação for por precaução. “Esta é uma medida puramente de precaução, visto que a comunidade se situa a 5 km de distância da barragem. A empresa concluiu que não se pode correr absolutamente nenhum risco, e que, apesar do transtorno para a comunidade, esta é a decisão correta”, publicou no comunicado.
A empresa ainda infomou que a população está sendo transferida para acomodações temporárias. “Os membros da comunidade permanecerão acomodados no novo local enquanto testes adicionais estão em andamento e até que a segurança da barragem de rejeitos possa ser 100% garantida”, informou.
O Sr. Benjamin Baptista, CEO (Presidente) da ArcelorMittal Brasil, declarou: “Pedimos desculpas à comunidade local pelo transtorno; porém sabemos que esta é a decisão correta e sem dúvida a única decisão que poderíamos tomar. As autoridades locais concordaram. Procuraremos retornar as pessoas para suas casas o tão logo possível, embora à esta altura não seja possível dizer quando será. Especialistas continuam a inspecionar e analisar as condições da barragem de rejeitos e, no caso de terem que ser implementadas novas medidas para maior garantia da barragem, isso será feito o mais rapidamente possível. Agradecemos a compreensão dos empregados e da comunidade, neste momento difícil”, disse.
Abaixo você confere a nota na íntegra:
A ArcelorMittal anunciou hoje que, após rigorosa avaliação, tomou a decisão de colocar em prática o plano de evacuação relativo a sua barragem de rejeitos de Serra Azul.
Após informar e discutir a situação com as autoridades locais, chegou-se ao entendimento de que a comunidade de cerca de 200 pessoas situada a jusante da barragem deveria ser evacuada como medida de precaução.
A ação decorre de uma inspeção e auditoria minuciosas da barragem de rejeitos, que foram realizadas após os recentes incidentes acontecidos no setor de mineração, no Brasil. Empregando uma metodologia mais conservadora, a auditoria independente responsável pela declaração de estabilidade revisou o último relatório e adotou para a barragem um Fator de Segurança (Factor of Safety ou FoS) mais restritivo.
A ação segue a atualização de uma avaliação feita no local, contratada pela ArcelorMittal Mineração e realizada por auditoria independente. A avaliação incluiu testes de stress feitos na barragem de Serra Azul, a partir de dados e aprendizado decorrentes dos eventos da barragem do Feijão, em Brumadinho. Baseado na variação do fator de segurança, a decisão tomada foi de evacuar todos os residentes enquanto testes adicionais estarão sendo tomados e qualquer medida de mitigação possa ser implementada. O trajeto histórico a ser seguido pelo fluxo, em caso de colapso, avaliado quando a barragem estava ativa, era de aproximadamente de quatro a cinco quilômetros.
Esta é uma medida puramente de precaução, visto que a comunidade se situa a 5 km de distância da barragem. A empresa concluiu que não se pode correr absolutamente nenhum risco, e que, apesar do transtorno para a comunidade, esta é a decisão correta.
A comunidade está sendo transferida para acomodações temporárias. Os membros da comunidade permanecerão acomodados no novo local enquanto testes adicionais estão em andamento e até que a segurança da barragem de rejeitos possa ser 100% garantida.
O Sr. Benjamin Baptista, CEO (Presidente) da ArcelorMittal Brasil, declarou: “Pedimos desculpas à comunidade local pelo transtorno; porém sabemos que esta é a decisão correta e sem dúvida a única decisão que poderíamos tomar. As autoridades locais concordaram. Procuraremos retornar as pessoas para suas casas o tão logo possível, embora à esta altura não seja possível dizer quando será. Especialistas continuam a inspecionar e analisar as condições da barragem de rejeitos e, no caso de terem que ser implementadas novas medidas para maior garantia da barragem, isso será feito o mais rapidamente possível. Agradecemos a compreensão dos empregados e da comunidade, neste momento difícil.”
Sebastiao Costa Filho, CEO da ArcelorMittal Mineração Brasil, disse: “Nossa absoluta prioridade é assegurar que nosso pessoal e a comunidade estejam seguros. Manteremos constante contato com aqueles afetados para mantê-los atualizados sobre a situação. Tão logo tenhamos mais informações, faremos novos pronunciamentos. Gostaria de agradecer a todos os afetados – esta é claramente uma situação difícil e esperamos que ela seja resolvida o mais rapidamente possível.”
A mina de Serra Azul está localizada em Itatiaiuçu, Minas Gerais. Ela produz 1.2 milhões de toneladas de concentrado e minério granulado. A barragem de rejeitos, que é do tipo à montante, tem estado desativada desde Outubro de 2012. É a única do tipo “à montante” dentre as barragens da empresa.