O período natalino é marcado por muita decoração nas ruas, casas e praças em diferentes lugares do país. Os diferentes tipos de decorações deixam os ambientes mais aconchegantes e iniciam o clima de festividade. Em Juiz de Fora, mais especificamente na Rua Comendador Pereira da Silva, localizada no bairro Bairu, zona Leste da cidade, uma casa de dois andares que chama atenção dos moradores que passam pelo local. Quem mora na residência são as irmãs Fátima Oliveira, empresária, e Maria Helena de Oliveira. Há mais de 15 anos elas enfeitam o local onde moram com muito amor e dedicação.
Tudo começou lá em 2001, após um pedido de outra irmã, chamada Graça, que morreu vítima de câncer. Ela pediu que Fátima e Helena levassem a decoração natalina de dentro para fora de casa. “Eu enfeitava minha casa e a Lena que mora embaixo enfeitava a dela. Então a Graça pediu para que parássemos de enfeitar dentro de casa e levássemos a decoração para fora porque assim iríamos alegrar muitas pessoas”, conta Fátima. Desde então, as irmãs seguem mantendo vivo um pedido de outra irmã que virou uma tradição da família.
Toda a decoração é planejada com antecedência. São milhares de luzes, guirlandas, laços, árvore de natal, renas e, claro, o Papai Noel que decoram toda a fachada da casa.De acordo com Fátima, as irmãs fazem uma poupança ao longo de todo ano para ser utilizada com os gastos com a decoração. “Viemos de uma família de um poder aquisitivo pequeno e o que a gente não teve na infância conseguimos proporcionar para as crianças hoje em dia”, disse.
A casa, que virou atração turística em Juiz de Fora durante o período natalino, recebe visitas de pessoas de várias idades, que se encantam com a beleza da decoração e com o espírito natalino.
Este ano, foram usadas entre 55 e 60 mil micro-lâmpadas natalinas para criar uma decoração mágica. Ao longo de todos esses anos, a empresária garante que nunca repetiu uma decoração. “Todo ano definimos um tema e desenvolvemos uma historinha em cima disso, com uma decoração sempre diferente”, disse. Após a metade do ano, as irmãs desenvolvem o primeiro esboço sobre o tema e desenvolvem a história que será contada. Já no mês de outubro elas começam a confeccionar os enfeites.Para manter viva a tradição da família, Fátima e Helena contam com a ajuda de, no mínimo, cinco pessoas. “Quando vamos levantar a árvore precisamos de no mínimo sete homens. Este ano ela pesou cerca de 60 quilos”, disse.
A empresária conta que pessoas, tanto de cidades próximas quando moradores de outros estados, visitam anualmente a casa. “Só este ano já teve visitante de Petrópolis e da cidade do Rio de Janeiro, também teve de Macaé. Recentemente teve uma visitante da Suíça, acompanhada da família, que estava na cidade para visitar a mãe. Eles pediram para filmar a casa e utilizaram drone para registrar as imagens”, disse. Ela ainda comenta que a maior alegria é o sorriso desses visitantes.“Nosso pagamento é o sorriso. Nós nos presenteamos com essa alegria porque vem toda a faixa etária aqui. Não tem dinheiro que pague esse sorriso, essa alegria”, comenta. Ela também disse que é costume sentar-se à frente da casa, junto à irmã e outros vizinhos, para receber os visitantes.“Vamos batendo papo e olhando as pessoas que vão visitar a casa. Sempre com o maior prazer”, disse.
O objetivo de Fátima e Helena é continuar com a decoração pelos próximos anos. “Enquanto eu tiver saúde, pretendemos continuar fazendo a decoração e mantendo viva a tradição e o espírito natalino”, conclui.