Quando as obras de despoluição do Rio Paraibuna começaram, em agosto de 2013, um dos maiores desafios era a implantação de 1.400 metros de redes interceptoras de esgoto na Avenida Brasil, no Centro. Por se tratar de via movimentada, a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) optou por colocar a tubulação através de túneis subterrâneos, que hoje contam com acessos próximos ao prédio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e ao campo do Sport Club. No trecho já foram instalados mil metros de redes, totalizando cerca de 70%.
“Estamos utilizando tubulação de grande porte, feita de concreto, com 1,20m de diâmetro. Por isso, trabalhar com o método usual de recorte no asfalto se mostrou inviável, uma vez que seria necessário interditar totalmente trechos da avenida. Assim, optamos pela escavação do túnel, que também nos garantiu a profundidade necessária à obra”, explicou o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral.
Segundo ele, além de reduzir os transtornos para o cidadão, intervenções desse tipo, conhecidas como “método não-destrutivo”, têm apresentado custo mais competitivo em relação aos tradicionais, quando todos os aspectos envolvidos são analisados: “Trata-se de obra com ritmo mais lento, devido sua própria natureza e logística, mas que possui inúmeros benefícios, tanto para o trânsito quanto para o meio ambiente. Nossa previsão é concluí-la em meados de 2019, mas isso depende das condições do solo, que geralmente é arenoso na região, o que dificulta as escavações”.
Orçado em mais de R$130 milhões, o conjunto de obras de despoluição do Paraibuna abrange a implantação de aproximadamente 40 quilômetros de tubulações ao longo das margens do rio e dos principais córregos da cidade. Além disso, já foi inaugurada nova Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no Bairro Granjas Bethel. Outra será construída no Bairro Santa Luzia, com ampliação das unidades em Barbosa Lage e Barreira do Triunfo.
Fonte: Assessoria