O ano sem títulos, os oito jogos sem vitória e sem gols na reta final da temporada, a eliminação na Copa Sul-Americana com uma atuação apática na derrota de 2 a 0 para o Atlético-PR e o risco de rebaixamento no Campeonato Brasileiro levaram o presidente do Fluminense, Pedro Abad, sofrer muitas críticas de torcedores e conselheiros. Os jogadores, com cinco meses de direitos de imagem em atraso e um de salário, também não ficaram muito felizes com a gestão do mandatário. De olho em toda esta insatisfação que a oposição trabalha para tentar o impeachment de Abad.
Fernando Leite, presidente do Conselho Deliberativo, confirmou que o processo de impeachment de Abad será julgado ainda este ano, mais precisamente no dia 20 de dezembro. É preciso que pelo menos 150 conselheiros compareçam ao encontro para que a votação de fato aconteça. Além disso, 2/3 dos presentes devem apoiar o afastamento de Abad.
A oposição entende que é possível o impeachment por conta do atual momento do clube, porém, entende que o fato de muitas pessoas viajarem para as festas de fim de ano pode acabar comprometendo o sucesso da empreitada. A situação se mostra tranquila e não acredita sequer que o caso seja votado, mas, se for, entende que dificilmente os opositores de Abad conseguirão o afastamento.
O presidente descartou qualquer possibilidade de renúncia. “O processo de impedimento faz parte do processo democrático, mas me mostro bem tranquilo e pretende seguir com meu mandato, pois me considero apto para isso”, disse Abad.
Enquanto Abad tenta evitar seu afastamento, a diretoria trabalha na busca de um treinador para a próxima temporada e o nome que mais interessa é o de Ney Franco, que conseguiu o acesso do Goiás para a elite do futebol nacional.
O elenco do Fluminense ganhou férias na última segunda-feira e a reapresentação está marcada para o dia 3 de janeiro, quando começa a preparação para o Campeonato Carioca e para a Copa do Brasil.
Fonte: Gazeta Press