PARQUE ESTADUAL DA SERRA DO ROLA-MOÇA – esta unidade de Conservação de Proteção Integral foi criada pelo Decreto de Lei 36.071 em 27 de setembro de 1994. Tem por missão preservar e conservar os mananciais e os campos ferruginosos, buscando a harmonia entre as atividades da comunidade e a proteção da biodiversidade. O Parque é uma das mais importantes áreas verdes do Estado, É o terceiro maior parque em área urbana do país e abriga alguns dos mananciais que abastecem a capital e sua região metropolitana, uma bela e rara vegetação que se destaca pela ocorrência de espécies endêmicas.
Possui uma área de aproximadamente 4000 hectares que abrangem os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho. De relevo ondulado, formado por um conjunto de serras, constitui uma zona de transição de vegetação característica dos biomas Cerrado e Mata Atlântica. Além disso, abriga manchas de Campo Rupestre Ferruginoso, uma rara e bela vegetação que se destaca pela ocorrência de espécies endêmicas, encontradas apenas em regiões de afloramentos rochosos ricos em minério de ferro (canga ferruginosa) como os do Quadrilátero Ferrífero em Minas Gerais, em altitudes superiores a 1000m. Ao passear por aqui, o visitante tem a oportunidade única de apreciar paisagens dotadas de beleza singular e uma rica biodiversidade constituída por uma série de espécies da fauna ameaçadas de extinção (como o lobo-guará e a onça parda, a jaguatirica, o gato-do-mato, o macuco e ao veado campeiro) e da flora (como a arnica), bem como por espécies existentes apenas nesta região – como o cacto Arthrocereus glaziovii e o pássaro papa-moscas-de-costas-cinzentas, ambos de Campo Rupestre Ferruginoso.
O nome do Parque foi contado em “causo” e mortalizado por Mário de Andrade em um poema que relata a história de um casal que, logo após a cerimônia do casamento, cruzou a Serra de volta para casa. No caminho, o cavalo da moça escorregou no cascalho e caiu no fundo do grotão. O marido desesperado, esporou seu cavalo ribanceira abaixo e “a Serra do Rola-Moça, Rola-Moça se chamou”.
A entrada no parque é gratuita. É possível fazer trilhas, circuito ciclístico, observação da natureza e turismo fotográfico. Não possui área de camping e a visitação de vê ser feita no período diurno, porém tem uma boa estrutura para o visitante.
O Parque possui três mirantes principais, sendo eles: Mirante Morro dos Veados e Mirante dos Planetas, de onde é possível visualizar a conurbação de Ibirité e Belo horizonte; e Mirante Morro das Três Pedras, de onde é possível observar a parte baixa do Parque e cidade de Belo Horizonte, destacando-se a região do Barreiro. O Mirante Morro dos Veados é ponto inicial da Serra do Rola-Moça, que dá origem ao nome do Parque. É uma área bastante visitada aos finais de semana também utilizada para realização de eventos de grande porte como o “Pedalando no Topo” que recebe, anualmente, cerca de 3000 pessoas num só dia.
O Parque possui quatro trilhas principais, sendo elas : Estrada dos Sertões, Trilha das Pitangueiras, Trilha do Cerrado e Trilha da Travessia. Para visitá-las, é necessário se informar junto à Administração sobre os procedimentos e normas.
A Cachoeira das Pirangueiras faz parte da Trilha das Pitangueiras. A primeira parte da trilha é uma estrada de terra de ampla claridade que termina numa mata fechada. Ao entrar na mata fechada, há um bosque de pitangueiras. A trilha leva a uma cachoeira volumosa, com aproximadamente 5m de altura.
A Cachoeira das Duas quedas é assim conhecida por apresentar duas quedas em sequência, cada uma com aproximadamente 7m de altura. Ela é integrante do roteiro turístico da Trilha da Travessia. A sua visitação é guiada, portanto é necessário agendar.
O Parque é muito procurado para a prática de Mountain Bike. Muitas das estradas internas podem ser usadas para o ciclismo.Existem vários roteiros para a prática desse esporte.
Acessível pela Estrada dos Sertões, a Gruta das Três Pedras é uma gruta em minério de ferro com aproximadamente 40m de extensão. A sua visitação é guiada, portanto, é necessário agendar.
O Parque possui seis mananciais: Bálsamo, Barreiro, Catarina, Mutuca, Rola-Moça e Taboões. Os mananciais são represas de cursos d’água de onde a COPASA (Companhia de Saneamento de Minas Gerais) capta água para tratar e distribuir para a população da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O Manancial Catarina é uma dessas áreas de captação de água, conhecido também como Lago Azul.
Sua represa, com pontos de até 16m de profundidade, apresenta água de uma cor azul bem forte e brilhante de beleza única. A visitação dessas áreas é restrita à realização de visitas educativas, portanto, é necessário informar à Administração sobre os procedimentos e normas.
Uma atração imperdível da região é curtir o pôr do sol no restaurante Topo do Mundo, que fica no alto de uma montanha em Piedade do Paraopeba, distrito de Brumadinho. Além da vista incrível, os pratos não deixam a desejar. Eles unem a culinária tópica de Minas um toque contemporâneo. Experimente o queijo minas a dorê com geleia de figo de entrada, o filé de sol com purê de coalho e crispy de couve como prato principal e o trio mineiro, como doce de leite de Araxá, goiabada cascão com queijo minas e doce de laranja da casa como sobremesa.
Para visitar a Serra, tem que levar protetor solar e chapéu são importantes para proteger do sol forte nas caminhadas; água e alimentos como frutas, castanhas e barrinha de cereal para repor as energias nas trilhas; não se esquecer de levar seu lixo com você e não tirar nada do parque, como plantas e rochas; e por último, o mais importante! Use sempre calçados confortáveis e roupas leves para encarar as trilhas.
Como chegar : pela BR 0-40, retornando no sentido Rio de Janeiro. Entrar à direta no Posto Chefão, segunda rua à direita (Montreal), no bairro Jardim Canadá. Prosseguir até a portaria principal do parque. A distância do Posto Chefão ao parque é de cerca de 3 km, em estrada de terra.
As pessoas que desejarem visitar as Unidades de Conservação (UCs) estaduais devem preencher o Termo de Ciência de Risco, no qual declaram estar imunizados contra a doença e cientes dos riscos da visita. O Termo está disponível para download no site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), www.ief.mg.gov.br, e também nas portarias das unidades de conservação para os quais a exigência é válida