Composto por 128 unidades – contendo mais da metade de ocupações irregulares ou sem condição de serem habitadas – o Condomínio Vivendas Belo Vale, localizado na Rua Clóvis Seroa da Mota, no bairro São Geraldo, zona Sul da cidade, está passando por mudanças recentemente. De acordo com a Câmara de Juiz de Fora, até o final da primeira quinzena de outubro, 64 famílias, que procuraram a Cesama, terão seus fornecimentos de água individualizados. Assim, poderão negociar suas dívidas proporcionais de água e de esgoto.
“Nesse condomínio, como diversos condomínios da cidade, ele era abastecido por um hidrômetro. Cada residência possuía uma caixa d’água, mas a entrada era única, ou seja, passava pelo único hidrômetro na entrada e eram distribuídas depois. A inadimplência era muito grande. As pessoas não pagavam o condomínio, resultando no corte, depois de alguns meses, de todos os lugares. Então, aquela pessoa que pagava corretamente, estava sendo prejudicada pelos demais”, destacou Marcelo Amaral, diretor de desenvolvimento e expansão da Cesama.
O processo de instalação dos hidrômetros teve início há cerca de um mês e, de acordo com a Câmara, 43 equipamentos já tinham sido instalados.
De acordo com o presidente da Comissão, vereador Sargento Mello Casal (PTB), “essa ação feita pela Comissão junto com o Conselho Municipal e a Caixa Econômica e outros órgãos da prefeitura, é um passo pequeno, mas aos poucos vem trazendo algum tipo de melhoria para a comunidade”.
Visita ao local
Nessa segunda-feira, 1°, a Comissão Minha Casa, Minha Vida da Câmara de Juiz de Fora fez uma visita ao condomínio para verificar as obras de individualização dos hidrômetros das unidades residenciais do programa. Estavam presentes também representantes da comunidade da Câmara Municipal, a Cesama e o Conselho Municipal de Habitação.
“Esse diálogo está sendo fundamental para a busca de soluções, pois a regularização da água no Belo Vale é uma grande vitória para todos que integram a Comissão. Com a água individualizada, quem paga suas contas não é penalizado pela inadimplência dos outros, o que acontecia no local. Além disso, há penalidades previstas em lei para esse procedimento irregular. A expectativa é que essa experiência seja levada a outros condomínios do programa “Minha Casa, Minha Vida” 1, garantindo, assim, as mínimas condições de vida a quem foi beneficiado pelo programa”, pontuou.
De acordo com Mello, futuramente as questões sobre os moradores que se encontram irregulares serão discutidas juntamente com a Caixa Federal e a Secretaria de Desenvolvimento Social.
Condomínios Verticais
Uma consulta pública da Agência Reguladora de Abastecimento e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais, que tem como objetivo estabelecer condições gerais para prestação e utilização dos serviços públicos, também está sendo aguardada pela Comissão da Câmara Municipal. Com a aprovação das mudanças, feitas pela Cesama, dará inicio a um projeto piloto nos condomínios verticais do projeto “Minha Casa, Minha Vida”.
A ideia principal é ter um sistema eletrônico que permitem a mediação individualizada e a realização do corte pelo sistema, sem a presença do funcionário. Outro destaque é levar a iniciativa pioneira de levar benefício da tarifa reduzida para todos os condomínios do programa, sem precisar se cadastrar junto à Cesama.