Vestidos de verde e amarelo, com cartazes e discursos contra partidos denominados de esquerda e progressistas, manifestantes cantaram o Hino Nacional e organizaram nesse domingo, 31, uma carreata em Juiz de Fora e em todo o país em apoio ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro.
Os apoiadores do candidato saíram em carreata pela Avenida Rio Branco até o Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste, e retornando ao Bom Pastor, região Sul da cidade. A concentração teve início às 14h, próximo ao Hipermercado Carrefour e terminou três horas depois.
No Brasil
Houve manifestações na Avenida Paulista, em São Paulo, e carreatas nas principais avenidas de Brasília. Os protestos ocorreram após as manifestações de ontem (29) contra o candidato no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.
Em São Paulo, mensagem gravada por Bolsonaro foi transmitida pelo carro de som, em que ele pede apoio dos eleitores e defende pontos de sua campanha. Um deles é que não haja o que chama de ideologia de gênero nas escolas. A Polícia Militar de São Paulo não divulgou o número de participantes do evento na Avenida Paulista. A organização ainda não estimou o público.
Segundo o porta-voz da PM-DF, major Michello Bueno, o cálculo foi feito considerando a saída dos veículos da Esplanada dos Ministérios. De acordo com ele, entre 9h30 e 13h, houve um fluxo de cerca de 20 carros por minuto em cada uma das seis faixas da via.
As duas carreatas se juntaram na Esplanada dos Ministérios durante a manhã e culminaram com protestos em frente a sede da Rede Globo. A concentração iniciada no Eixo Monumental tinha como bandeiras a defesa do candidato e a pergunta, exposta em uma faixa: “Quem mandou matar Bolsonaro?”.
No final da Asa Sul, no Plano Piloto de Brasília, havia outra concentração de apoiadores de Bolsonaro, que também partiram em carreata, tendo à frente um carro de som com candidatos locais.
Participaram da manifestação, representantes de partidos políticos, movimentos autointitulados patriotas e apoiadores da ditadura militar. Além de carros, caminhões, motocicletas e uma passeata reuniram aos demais participantes que estavam nos carros.
Depoimentos
O aposentado Jorge Choairy, 71 anos, disse que foi ao ato por um “país melhor para todo mundo”. “O nosso apoio é espontâneo. Vivemos muito bem no regime militar, que não foi ditadura. Quem era perseguido eram os bandidos e terrorista que mataram muita gente. Na verdade eles queriam implantar o comunismo no Brasil”, afirmou.
Graziele Santos, de 42 anos, afirmou também que tinha razões pessoais para estar no protesto. “Meu critério para votar este ano é ficha limpa. Eu estou cansada de corrupção, de propina e acho que o Bolsonaro veio para poder quebrar isso.”
*Agência Brasil com informações da redação