Rio de Janeiro e suas diversidades de turismo

Apesar de toda violência que a cidade do Rio de Janeiro está sofrendo, ainda é um grande destino turístico do Brasil e do mundo. Continua sendo a porta de entrada do turista no Brasil e pra gente que está tão pertinho é sempre bom saber de lugares no Rio que merecem nossa visita. Vamos deixar os grandes monumentos turísticos cariocas e vamos focar na Zona Norte que tem muitos lugares para se conhecer.

A Zona Norte é com certeza a área com maior diversidade cultural da cidade. A região que compreende os bairros de São Cristóvão, Tijuca e seus arredores é a estrela do roteiro. Nestas vizinhanças, pode-se começar o dia conhecendo um pouco da história do Brasil na Quinta da Boa Vista, depois aprender sobre astronomia no Mast e terminar a noite em clima nordestino,com direto a comidas típicas e forró pé de serra, na Feira de São Cristóvão. E os passeios não param por ali! Tem visita guiada ao Maracanã, samba populares; culinária portuguesa, alimentos e flores no mercado municipal e bares e restaurantes tradicionais da cidade no roteiro.

O Maracanã é uma das opções para a visitação guiada com algumas atrações

Após ser palco da final da Copa do Mundo de 2014, o Maracanã abre suas portas para a visitação guiada com algumas atrações. Durante o tour, os visitantes têm a chance de conhecer as tribunas, os vestiários e um dos gramados mais famosos do futebol. O passeio continua o mesmo, mas com um visual mais moderno, atividades interativas e espaço infantil. No acervo, pode ser visto o uniforme usado por Garrincha na Copa de 1962. Na área interativa, o público pode fazer gols no pênalti virtual, escutar sons da construção do estádio e das torcidas no Maracasom, além de ver um modelo do estádio impresso em 3D.

Para receber as crianças foi criado um roteiro educativo e um espaço diferenciado, onde os pequenos podem parar para descansar e colorir o gibi do Pequeno Torcedor, revistinha que conta um pouco da história do local. O estádio é o terceiro ponto turístico mais visitado da cidade e o passeio pode ser feito na companhia de um guia, com o uso de audioguia disponível em português, inglês e espanhol e, ainda, com o auxílio do aplicativo gratuito Tour Maracanã.

Seguindo para São Cristóvão, a impressão que se tem é que o bairro parou no tempo. Em meio às ruas em paralelepípedos e suas edificações históricas, andar pela região com certeza proporciona bastante aprendizado. O Museu Militar Conde Linhares, na Av. Pedro II, conta a história do Exército brasileiro através de objetos, armas e veículos. Já o Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) apresenta a história da ciência e da tecnologia no Brasil. Uma parte do local é voltado para a Astronomia, com planetário inflável e observação do céu.

O Maracanã é uma das opções para a visitação guiada com algumas atrações

No mesmo bairro, a Quinta da Boa Vista recebe amantes do esporte para correr e pedalar, mas o espaço também abriga o Museu Nacional, o Zoológico e o Restaurante da Quinta, que carregam a história do Brasil desde a chegada da corte portuguesa no país em 1808, em suas construções. O Museu Nacional é a maior instituição de história natural e antropológica da América Latina e a mais antiga instituição científica do Brasil; mas antes serviu de residência para a família real portuguesa até 1822 e, posteriormente, para a família imperial até 1889. A aula de história não acaba por aí! A entrada principal do Jardim Zoológico conta com um portão oferecido pelo Duque Northumberland da Inglaterra, em 1816, como presente de casamento ao imperador D. Pedro I e à futura imperatriz, Maria Leopoldina da Áustria.

Passando pelo portão monumental, uma área de 138 mil m² acomoda a Fundação Jardim Zoológico da Cidade do Rio de Janeiro 9RIOZOO. O zoológico mais antigo do Brasil e recebe uma média de 90 mil visitantes por mês. Ao todo, são 400 espécies, entre répteis, mamíferos, aves, peixes e anfíbios; e muitas delas raras ou em extinção. A ararajuba, o macaco-prego-de-peito-amarelo e o urubu-rei são alguns exemplos.

A cultura nordestina também tem o seu destaque na vizinhança. No Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, a Feira de São Cristóvão, oferece tudo que há de melhor na cultura do Nordeste do país. Andando pelos 306 mil m² do pavilhão, o visitante encontra artigos típicos da região como alimentos, condimentos, artesanatos, artigos em couro, cachaças e muito mais. A diversão fica completa com a programação de shows que acontecem simultaneamente nos palcos e praças da feira; além do karaokê que atrai o público jovem nos finais de semana.

Tudo começou com barracas do lado de fora do pavilhão – inicialmente construído para outros fins – quando conterrâneos vendiam produtos trazidos diretamente do Ceará, Pernambuco, Maranhão, Bahia e Rio Grande do Norte. Há 16 anos a feira foi para dentro e, hoje, conta com 700 barracas e 300 mil visitantes por mês. Os sabores nordestinos são destaque com pratos como o Baião de Dois, Carne de Sol com Aipim e Buchada de Bode; opções mais que certas nos cardápios dos diversos restaurantes. Para lanches rápidos, tapioca, pamonha, cocada e queijo coalho são algumas das alternativas.

A cidade também abriga a maior floresta urbana do mundo, no Parque Estadual da Pedra Branca

Na Avenida do Nordeste, a Barraca da Chiquita chama a atenção de quem passa na porta. Retalhos, fitas, redes, e até um barco faz parte da fachada do restaurante; cada detalhe foi elaborado pela simpática proprietária. Chiquita.

Cada parte da feira conta um pouco desta cultura cheia de costumes e tradições. Os palcos principais levam o nome de dois músicos significativos, Jackson do Pandeiro e o João do Vale. Na programação, forró pé de serra, xote, baião e xaxado embalam as noites de quarta a domingo. As praças Frei Damião e Padre Cícero, outras grandes figuras do Nordeste, também recebem apresentações de ritmos do forró. Na Praça do Repentista, onde pode se ver imagens que remetem às xilogravuras – desenhos talhados na madeira – da literatura de cordel, repentistas e emboladores improvisam versos.

A festa de São João, assim como a tradicional que acontece no nordeste, também é celebrada com muitos festejos. A comemoração começa em junhoe só termina no mês de agosto, com tudo que uma festa junina tem direito: fogueira, bandeirinhas, quadrilha e, claro, muita comida. A quadrilha Gonzagão, da Feira de São Cristóvão, foi eleita a melhor da cidade. O folclore é enfatizado pelas apresentações de dança e teatro presentes todo mês no calendário da feira, que tem a frente um diretor cultural. É comum em alguns finais de semana reunir varias danças folclóricas do Nordeste,como o Reisado e o Bumba Meu Boi, além de contar a história de Lampião e Maria Bonita através de uma peça teatral. Para completar, o Museu Luiz Gonzaga traz exposições mensais que apresentam personagens do Nordeste.

Do forró ao samba. As quadras de algumas escolas também contribuem para a diversidade cultural da Zona Norte. Na Tijuca, a quadra do Salgueiro fica lotada de junho até depois do Carnaval, com o ensaio tradicional todos os sábados e a feijoada que acontece todo segundo domingo do mês. A vermelho e branco também criou o primeiro programa de experiências voltado para turistas. O projeto oferece oficinas de percussão e de samba, além de dicas sobre a história do samba e da escola.

Berço de grandes sambistas, a Mangueira conta com shows de samba e feijoada em sua programação mensal. Na mesma calçada, o Centro Cultural Cartola recebe exposições itinerantes e permanentes. O Museu do Samba tem o objetivo de guardar a memória do samba como patrimônio cultural e preservar as suas matrizes. O lugar também abre espaço para oficinas, projetos de cultura do samba para escolas e roda de samba toda segunda-feira.

A gastronomia da região também tem uma grande importância, reunindo bares tradicionais e restaurantes de comida portuguesa. Em São Cristóvão, o Adegão Português traz o melhor da culinária portuguesa, assim como o Restaurante Quinta da Boa Vista e o Bar do Adônis, em Benfica. A dupla petisco e chope é a pedida no Aconchego Carioca e Bar da Frente, na Tijuca, entre outros tradicionais. Na Rua Afonso Pena, o restaurante Salete foi tombado pelo patrimônio histórico municipal.

O Mercado Municipal do Rio de Janeiro – Cadeg também merece uma visita. Além de fornecer produtos nacionais e importados, entre alimentos, descartáveis e decoração, e ser conhecido como o maior distribuidor de flores do Estado, o mercado vem ganhando novo público com o investimento no varejo tornando referência também pelos seus diversos restaurantes de qualidade e seus novos festivais gastronômicos.

Em um final de semana se conhece e curte todos esses lugares.

 




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