Quem passa pela Avenida Brasil vê as equipes da Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) trabalhando no túnel subterrâneo que a empresa montou próximo à Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), mas não tem como dimensionar o serviço. No local, já foram instalados 860 dos 1.400 metros de redes interceptoras de esgoto previstos, totalizando mais de 60%. Os túneis são parte integrante das obras de despoluição e surgiram como opção para reduzir os impactos ambientais de uma escavação a céu aberto em grande profundidade, bem como evitar transtornos ao trânsito.
Segundo o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral, os trabalhos avançarão pela avenida, no sentido da Rua Benjamin Constant, com a abertura de novos poços de ataque a cada 80 metros de redes implantadas. “Nossa previsão é concluir a intervenção até o final do ano, mas isso dependerá das condições do solo, que geralmente é arenoso na região, o que dificulta as escavações”, afirmou.
Marcelo explicou que seria inviável recortar o asfalto para a implantação de redes como esta – de concreto, com um metro de diâmetro, uma vez que isso exigiria interdição total de trechos da Avenida Brasil: “Além de reduzir os transtornos para o cidadão, intervenções desse tipo, conhecidas como método não-destrutivo, têm apresentado custo mais competitivo em relação aos métodos tradicionais de abertura de valas, em virtude dos avanços tecnológicos do setor”.
Orçado em mais de R$ 130 milhões, o conjunto de obras de despoluição do Paraibuna prevê, ainda, a construção de cinco estações elevatórias, para bombeamento dos efluentes nas regiões mais íngremes, e duas novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), além da ampliação das de Barbosa Lage e Barreira do Triunfo.
Fonte: Assessoria PJF