Com o surto de sarampo no estado do Amazonas, o Ministério da Saúde reforça a importância da população se vacinar contra a doença. O número de casos no estado ultrapassou, pela primeira vez, Roraima, que tem registrado casos da doença desde fevereiro deste ano em virtude da entrada de venezuelanos no estado. Até o dia 20 de junho, foram confirmados 263 casos de sarampo no Amazonas, 1.368 permanecem em investigação e 125 foram descartados. No total, são 1.756 notificações no estado, sendo 82,1% (1.441) destes em Manaus.
De janeiro a junho deste ano, a pasta encaminhou aos estados de Roraima e Amazonas o quantitativo de 711,4 mil doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para atender a demanda dos serviços de rotina e a realização de campanhas, ações de controle da doença e prevenção de novos casos nesses estados. Desse total, 487,4 mil doses foram para o Amazonas e 224 mil para Roraima.
O estado de Roraima também realizou campanha no período de março a abril em todo o estado (15 municípios). Nessa ação, foi avaliada a situação vacinal de 189.154 pessoas, sendo administradas 112.971 doses de vacina tríplice viral em brasileiros, venezuelanos e pessoas de outras nacionalidades. O estado de Roraima confirmou 200 casos da doença, 177 continuam em investigação e 35 foram descartados, totalizando 412 casos notificados. Dois casos de sarampo no estado evoluíram para óbito associado a comorbidades. Todos esses dados são preliminares e estão sujeitos a alterações.
Ações contra o sarampo
Além disso, o Ministério da Saúde apoiou os gestores locais dos dois estados na revisão de prontuários e fichas de atendimento, com o intuito de encontrar casos de sarampo que não tenham sido identificados oportunamente. Também foi realizada intensificação vacinal nos estrangeiros presentes no posto da Polícia Federal, em Roraima.
Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos decorrentes de pacientes vindos de outros países, sendo registrados neste período 1.310 casos da doença. O maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e Ceará. Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, e atualmente empreende esforços para manter o certificado principalmente por meio do fortalecimento da vigilância epidemiológica, da rede laboratorial e de estratégias de imunização.
Fonte: Ministério da Saúde