A criação da Natureza e a Posição do Homem
A criação da Grande Natureza é um autodesdobramento da Palavra de Deus. O homem também se inclui nesse autodesdobramento. É esta a razão pela qual a sutra sagrada Chuva de Néctar da Verdade registra: “Quando a Mente deste Deus onipotente, deste Deus perfeito, entra em vibração e se torna Palavra, desenvolve-se todo Fenômeno e todas as coisas passam a ser um erro acreditar que Deus Se manifesta em determinado local da Grande Natureza, e que seja uma espécie de Ser vivo espiritual isolado. O Deus Criador não é um ser relativo, mas um Ser absoluto, universal. Por isso, o Deus Criador transcende todo e qualquer tipo de restrição. Sendo a Essência primária do Universo, Deus não é possuidor de um corpo; e Sua Palavra é a vibração do Seu pensamento espiritual. Deus cria todas as coisas e fatos somente com o Seu “pensamento espiritual”. Quando se diz que “Deus pensa”, isso quer dizer que Deus emite a Palavra, que Deus cria. Para Deus, o pensamento é simultaneamente criação e ação. Isso é válido também para o homem, que aloja o Espírito de Deus em seu interior.
O homem é “matéria” ou “filho de Deus”?
O Gênesis, do Antigo Testamento, para explicar a forma com que a Sabedoria fez manifestar a Criação, movendo-se no “indiscernível”, diz o seguinte: “O Espírito de Deus movia-se sobre as águas. E Deus disse: ‘Exista a luz’. E a luz existiu”. A existência universal está viva e, ao mesmo tempo, envolve e abrange igualmente todas as coisas. Nada pode estar fora de Deus. Partindo da substância essencial universal, Deus, por meio do pensamento, criou o reino mineral, vegetal e animal. Criou ainda o homem, que é a Sua máxima automanifestação. A Essência do homem é divina. Assim, antes de se colocar em questão os direitos humanos fundamentais, deve-se compreender prioritariamente o que o homem é. Não pode haver direitos humanos quando se considera o homem como simples aglomerado de matéria.