Lançada a “Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata”

Órgãos dos governos municipal e estadual, universidades, centros de pesquisas e empresas nacionais e internacionais ligadas ao setor de transportes, além da embaixada britânica no Brasil, confirmaram apoio à “Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata”, com a assinatura do “Memorando de Entendimento” (MOU), em cerimônia no Premier Parc Hotel, na manhã dessa terça-feira, 5, data em que se comemora o “Dia Mundial do Meio Ambiente”.

O prefeito Antônio Almas abriu o evento, falando do protagonismo de Juiz de Fora e região, quando, no século 19, o empreendedor Bernardo Mascarenhas, buscando alternativas para suas indústrias, marcou a história da cidade com a inovação da matriz energética, até então dominada pelo querosene, produzindo energia mais limpa, com a Hidrelétrica de Marmelos: “Hoje, aqui estamos, motivados por questões econômicas e ambientais, buscando alternativas energéticas que sejam promotoras do nosso desenvolvimento”.
A iniciativa pretende fazer da Zona da Mata a primeira região do Brasil a desenvolver cadeia integrada de produção de diesel verde e bioquerosene, direcionada ao transporte aéreo, ferroviário e rodoviário pesado, com utilização de fração de lixo urbano, lodo orgânico e de óleos vegetais extraídos de espécies nativas da Mata Atlântica, como é o caso da “macaúba”. “Para isso, favorece a sinergia de ações municipais, que extrapolam as ações da Prefeitura de Juiz de Fora” (PJF), lembrou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Rômulo Veiga.

Entre as ações, ele pontuou o “Programa Produtor de Águas” (PPA) e o “Pagamento por Serviços Ambientais” (PSA); a despoluição do Rio Paraibuna; a existência de mercado consumidor, formado pelo centro logístico multimodal de Juiz de Fora (aeroportos, ferrovia, rodovia); e a existência de importantes centros educacionais, que permitirão a transferência de conhecimento para a produção tecnológica.

Signatário do MOU, o cônsul-geral do Reino Unido no Brasil, Simon Wood, elogiou a iniciativa, e falou sobre fundos de investimento britânico em energia limpa, que podem ser utilizados para financiar ações consideradas na plataforma: “Estou muito feliz em confirmar o apoio do Reino Unido à ‘Plataforma de Juiz de Fora e Região’, e anseio trabalhar com vocês nesta iniciativa, que deixa a região mais próxima de produzir biocombustíveis”.

O diretor de biocombustíveis de aviação União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Pedro Scorza, destacou o comprometimento da indústria de aviação com a mudança da matriz de combustíveis do setor, responsável, hoje, por dois por cento das emissões totais de gases de efeito estufa (GEE): “O apoio à ‘Plataforma da Zona da Mata’ é exemplo do que estamos fazendo hoje em várias regiões do Brasil, apoiando ações que contribuam para a substituição do combustível fóssil pelo renovável”.

Plantio simbólico de macaúba no Parque da Lajinha marcou o lançamento da ‘Plataforma’, seguido pela visita dos signatários à Olaria, onde projeto pioneiro de cultivo da palmeira, sob orientação da Universidade Federal de Viçosa (UFV), existe desde 2010. “A visita permite ver de perto o ganho ambiental que foi garantido nessa propriedade, em que houve ação de florestamento a partir da macaúba, ao mesmo tempo da demonstração de unidade técnica que, esperamos, seja aplicada em outros municípios da região”, explicou o coordenador de projetos da Sedettur, Jackson Moreira.

O projeto da “Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata” conta com trabalho de pesquisa e extensão das universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), Viçosa (UFV) e Lavras (Ufla) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste (IF Sudeste ) Campus de Juiz de Fora.

 

Fonte: Assessoria




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